Levantamento realizado pela CNI aponta que apenas 23% das empresas do setor pretendem comprar itens usados
POR: Missão Comunicação
A expansão na capacidade produtiva nacional continua sendo uma prioridade para as indústrias no plano de investimento anual. Segundo o documento Investimento na Indústria 2020-2021, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 66% dos investimentos previstos para 2021 envolvem a aquisição de máquinas.
Apesar dos efeitos causados pela pandemia de Covid-19, como a interrupção das atividades, queda da demanda, impactos na saúde financeira das empresas e incertezas, há expectativa de volta à normalidade, com a intenção de investimento retornando ao patamar semelhante ao dos últimos anos.
Segundo o presidente executivo da ABIMEI (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais), Paulo Castelo Branco, é essencial fomentar investimentos que permitam às indústrias brasileiras explorar oportunidades, para driblar os problemas que surgiram decorrentes da pandemia. “Esses investimentos, somados àqueles direcionados à ampliação da infraestrutura, da inovação, da sustentabilidade socioambiental e da inclusão social e produtiva são de extrema importância para a competitividade nacional. É válido ressaltar que todo e qualquer investimento voltado para a indústria que é responsável por movimentar grande parte da economia, representando especificamente 20,4% do PIB brasileiro, fortalece diretamente as cadeias produtivas, gerando emprego e renda”, explica o presidente.
De acordo com o documento divulgado pela CNI, um terço das empresas tem como principal objetivo dos investimentos em 2021 aumentar a capacidade de suas linhas produtivas. Neste sentido, destaca-se que a preocupação com a eficiência e a produtividade continua a nortear os planos de investimento da indústria, pois a melhoria do processo produtivo segue como o principal objetivo do investimento planejado. Já a procura pelo aumento da capacidade produtiva ganhou importância no investimento previsto, esse objetivo foi apontado por 35% das empresas, proporção praticamente idêntica a de dois anos anteriores
Com o encerramento do primeiro trimestre de 2021, é importante que as empresas revisem suas estruturas de custo e aproveitem a possibilidade de importar tecnologia moderna, para torná-las mais competitivas. “Apesar das incertezas, considerando o cenário atual e a constante oscilação do dólar, a importação de máquinas e equipamentos permite que as empresas tragam para o mercado nacional produtos de alta tecnologia, que agregam tributos e geram emprego” acrescenta Paulo Castelo Branco, economista e presidente executivo da Abimei.