POR: RS Comunicação
Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes, criado em 1991 para lembrar desta doença metabólica na qual a glicemia está aumentada seja pela falta de insulina ou por um defeito na sua ação. Este dia foi escolhido por ser a data da celebração do aniversário do descobridor da insulina. É importante alertar sobre o assunto já que ela pode acometer todos, independentemente da raça, sexo ou idade. No Brasil, com o aumento do número de obesos, tem crescido a incidência da doença, atingindo atualmente cerca de 10% da população. No mundo, o número de pessoas afetadas é estimado em 425 milhões de indivíduos.
Existem dois tipos, o Diabetes Tipo 1 – responsável apenas por 10% dos casos, que é auto imune, quando o sistema imunológico não reconhece mais as células pancreáticas produtoras de insulina e as destrói. E o Diabetes Tipo 2 – que acontece em 90% dos casos e tem grande relação com a obesidade e o sedentarismo. “Neste caso, o organismo não produz insulina suficiente ou a insulina produzida não desempenha seu papel corretamente”, explica a endocrinologista do Hospital São Vicente, Dra. Gabriela Fuchs.
Os sintomas clássicos são perda de peso, muita sede e aumento da diurese (urinar mais que o normal). “Mas muitas vezes não existe nenhum sintoma e a pessoa pode passar anos sem saber que está com a doença. Por isso é importante a realização de exames periódicos, no mínimo anuais para dosar a glicose de jejum, que deve estar no máximo 99mg/dl”, afirma. Outro exame útil é a hemoglobina glicada, que mostra a média da glicose nos últimos 3 meses. Valores acima de 5,7% já são um sinal de alerta.
Uma das grandes preocupações dos pacientes que descobrem a doença é a restrição alimentar, isso porque a dieta é parte fundamental do tratamento. “É preciso que ela seja equilibrada, com muitos legumes, verduras e frutas e dando preferência para os integrais que, além de serem menos calóricos, têm o grande benefício das fibras. Com a ajuda de um nutricionista, é possível ter uma vida normal e comer muita coisa gostosa”, diz.
Quem é diabético deve fazer consultas periódicas com o endocrinologista. “Ele irá orientar quanto à frequência de exames e sobre a necessidade de acompanhamento com os outros especialistas, também fundamentais ao sucesso do tratamento, como nutricionista, nefrologista, neurologista, oftalmologista, cardiologista, fisioterapeuta, professor de educação física, psicólogo, educadores e todos que possam contribuir”, complementa a especialista.
Isso porque uma das grandes preocupações é evitar as complicações que acontecem após muitos anos de doença. “As crônicas são a retinopatia diabética, que pode levar à cegueira; a nefropatia, que pode levar à falência renal necessitando de hemodiálise ou transplante; a neuropatia que causa diminuição de sensibilidade podendo levar uma pessoa a sofrer uma lesão grave no pé, por exemplo, e não perceber e as complicações cardiovasculares que são a principal causa de morte entre os diabéticos. Um diabético tem duas vezes mais chance de sofrer um enfarte ou um AVC do que uma pessoa sem a doença”, alerta Dra. Gabriela.
Se você não é diabético, procure levar uma vida saudável. “Evitar o excesso de açúcar, não fumar e praticar algum esporte, que pode ser uma caminhada diária de ao menos meia hora por dia, esse é o caminho para prevenir a doença”, finaliza.
Sobre o Hospital São Vicente-Funef
Fundado em 1939, o Hospital São Vicente tem ampla atuação no transplante de fígado e rim, e nas áreas de Oncologia e Cirurgia. De alta complexidade, atende diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, sempre com foco na qualidade e no tratamento humanizado. Desde 2002, a instituição é gerida pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).
Sua estrutura conta com Pronto Atendimento, Centro Médico, Centro Cirúrgico, Exames, UTI, Unidades de Internação e Centro de Especialidades. O programa de Residência Médica credenciado pelo MEC nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.
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