A Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj foi tema do último evento do ano da série “Como fazer Negócios com o Mercado de Petróleo e Gás”, promovida pela Firjan. O encontro teve a participação das empresas Kerui e Método e de sua SPE KM (Sociedade de Propósito Específico Kerui Método), responsáveis pela obra em Itaboraí.
O objetivo do evento, realizado em 6 de dezembro, foi aproximar o encadeamento produtivo com a Kerui Método (KM), apresentar as demandas do empreendimento e assim possibilitar a ampliação do volume de compras no estado. “É função da Firjan promover esses encontros para apresentar o potencial dos fornecedores fluminenses. Estamos felizes com a retomada desse empreendimento importante, que é uma oportunidade para o Rio”, ressaltou Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação e superintendente geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP).
Julia Paletta, vice-diretora geral da Kerui e diretora da KM, pontuou a relevância do encontro. “A ideia foi apresentar uma noção geral da estratégia de contratação para 2019. Será um ano crucial, teremos que trabalhar muito duro e contamos com os fornecedores para conseguir fazer a entrega”, afirmou. Segundo Julia, a KM executará grande parte das obras da UPGN no próximo ano, e os fornecedores fluminenses já saem com uma vantagem importante, pois o Comperj conta com benefício fiscal do ICMS.
A retomada do projeto é considerada fundamental, mas tem suas complexidades, lembrou Ivo Vieitas, diretor-superintendente da Método. “Os fatores de gestão financeira, fornecimento e tecnologia de uma obra com essas características deixa um rastro de questões, e estamos sendo muito proficientes para lidar com isso”, afirmou.
Requisitos e prazos da SPE KM
Andre Petroff, gerente de suprimentos da KM, apresentou os procedimentos e as regras para o fornecimento de produtos e serviços que serão demandados até o fim do projeto. “O contrato com a Petrobras (que exige Certificado de Registro e Classificação Cadastral – CRCC) tem algumas especificidades.
A questão do CRCC é assumida por nós, mas também temos a possibilidade de introduzir fornecedores que não possuam o certificado ou que esteja com este vencido. Isso não significa que a empresa estará cadastrada na petroleira, mas estará apta a atender apenas esse contrato”, explicou Petroff.
De acordo com o gerente, as empresas que não possuem o CRCC precisam atender três requisitos básicos para ser um fornecedor da KM. “A empresa deve mostrar sua tradição de fornecimento de itens semelhantes, apresentar as certificações que possui e, por último, as referências de clientes”, detalhou.
Petroff abordou também as condições de pagamentos do contrato de fornecimento, reforçando em seguida a agilidade necessária para entrega. “O prazo de entrega será apertado para quem irá fornecer”, alertou.
Entre os diversos equipamentos e serviços necessários para a execução da obra, o executivo destacou bombas centrífugas e rotativas, braço de carregamento, tubulações (conexões, tubos e válvulas), cabos elétricos e equipamentos de instrumentação. A previsão é de que o envio da consulta ao mercado dos equipamentos e materiais elétricos e de instrumentação ocorra ainda em dezembro deste ano, e a parte de serviços – uma atividade intermitente – deverá ter um pico durante a fase de montagem, programada para iniciar em março de 2019, devendo se estender até fevereiro de 2020.
Responsabilidade Social
A preocupação com os impactos causados na região da obra está no radar da empresa. “Pretendemos realizar três projetos sociais priorizando as comunidades do entorno do Comperj. Já estamos mantendo um diálogo constante, informando sobre o andamento das obras e os processos de contratação”, anunciou Elaine Blanco Dias, coordenadora de Comunicação e Responsabilidade Social da Kerui. Segundo ela, os projetos serão em parceria com lideranças e as associações de moradores, por se tratar de um processo participativo.
Além disso, em função do compromisso com o estado, a KM informou ter 100% de contratação de mão de obra direta na região do Conleste, que compreende todos os municípios do Leste Fluminense.
Os fornecedores interessados em participar do projeto podem entrar em contato com a empresa pelo e-mail: suprimentos-UPGN@kerui-metodo.com.br.
Para mais informações, os associados da Firjan podem entrar em contato pelo e-mail petroleo.gas@firjan.com.br.