Isolamento social e lojas fechadas servem para a multinacional arrumar a casa, reduzir custos dos franqueados e trazer novidades pós crise
Por Fábio Lacerda
Não há setor do mercado que não venha sofrendo com a epidemia de Coronavírus. O franchising não é diferente, e somente uma reviravolta considerável será capaz de atingir a previsibilidade de alta no faturamento de 8% em relação ao ano passado. Minimizar os impactos do pior momento econômico da história, superando a quebra da Bolsa de
Nova York, em 1929, ligou o sinal de alerta em todo o mundo.
Ao iniciar o ano com o pé direito inaugurando duas unidades em São Paulo (São João da Boa Vista) e Piauí (Teresina), a Não+Pelo precisou refazer seus planos de expansão e relacionamento com seus franqueados. A rede possui 165 unidades em todo o Brasil e preve uma expansão de mais dez novas operações até o final de 2020. O foco está no Norte/Nordeste, regiões que representam cerca de 20% do faturamento anual do franchising. A rede inaugurou duas unidades antes da disseminação da pandemia e consequentemente os isolamentos sociais.
“A epidemia veio para gerar empatia, por incrível que pareça. A Não+Pelo vem realizando uma série de treinamentos por vídeos conferências, e assim, alinhamos as necessidades dos franqueados. No início do ano, reduzimos as taxas de Royalties e Publicidade. A decisão de abonar ambas as taxas no mês de março e abril, e possivelmente em maio para algumas regiões em decorrência da permanência do isolamento social, é mostrar empatia e uma relação saudável na rede. Em breve, nosso serviço terá uma redução de 10%.
Além disso, a Não+Pelo está eliminando a taxa de franquia, que é R$45 mil, para o franqueado que estiver encerrando o contrato e renovar conosco. Temos que acompanhar a queda da Economia, e assim que o funcionamento do comércio voltar em todo o Brasil, a Não+Pelo trará novidades, algumas de muito sucesso na Europa”, diz José Rocco, diretor
geral no Brasil, prometendo revolucionar o nicho de depilação e não parar com as novidades até o final do ano já que a rede completará dez anos de investimento no Brasil.
O setor de Beleza, Estética, Saúde e Bem-Estar havia apresentado um crescimento no último trimestre de 2019 aumentando o faturamento na ordem de 7,2% em relação ao mesmo período do ano retrasado. A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) divulgou, recentemente, que o setor cresceu 8,2% na última década. Já a consultoria Euromonitor, que tinha a perspectiva de crescimento de 4,5% de novos estabelecimentos formais até 2021, e crescimento de 14% em 2020 para o segmento de Beleza, Estética, Saúde e Bem-Estar, deve rever os números por causa da epidemia. A mesma consultoria confirmou que o setor de Estética, Beleza, Saúde e Bem-Estar foi a que mais cresceu no segundo semestre do ano passado.