Os avanços e desafios do setor de saúde no Brasil acompanham a transformação do mercado digital pelas novas necessidades dos profissionais e também com clientes cada vez mais exigentes em agilidade e precisão de dados. Uma pesquisa global da Deloitte “Perspectivas globais do setor de saúde 2020” aponta quatro questões chaves para impulsionar a indústria da saúde e apresentar visão holística a fim de ajudar nas tomadas de decisões financeiras, em inovações e gestão de pessoas.
Entrevistei o sócio diretor comercial da Carefix e Dualmedic, Alex Romanosk, para entender sua percepção quanto as inovações do setor e de que forma as suas empresas estão se relacionando com o ecossistema de empreendedorismo e tecnologia. Ambas as empresas são brasileiras e especializadas na comercialização de materiais médicos cirúrgicos que vem sendo referência na implementação de tecnologia em seus projetos, visando o atendimento diferenciado e o empenho em solucionar problemas e aumentar os ganhos de seus clientes. Confira:
FLOW SA: Qual o diferencial das suas empresas em relação aos concorrentes?
Alex Romanosk: Sei onde os meus concorrentes estão e como eles trabalham. Entendi que o mercado está trabalhando da mesma maneira há décadas e a demanda acaba circulando dentre as mesmas empresas, variando dependendo do acordo comercial do momento. Eu inovo e soluciono de perto os problemas do meu cliente, tratando-os de forma única e “artesanal”, contribuindo para o crescimento do mesmo através de projetos e estudos.
FLOW SA: Como se comporta o mercado deste segmento no Brasil
Alex Romanosk: Vejo que existe um fôlego inicial, depois o comodismo toma conta, tanto do fornecimento dos materiais como de serviços prestados. Há um avanço agressivo, porém sem a preocupação com detalhes, e com o tempo não existe nenhum diferencial entre as empresas.
FLOW SA: A inovação é aplicada de qual maneira?
Alex Romanosk: Para inovar você precisa conhecer as necessidades e muitas vezes criá-las. Entendo que cada vez mais o nosso tempo é escasso. As pessoas pagam para não terem certos tipos de trabalhos, então inovação é a pró-atividade. Comprar e vender é a premissa básica de um negócio: o cliente precisa enxergar você como um solucionador de problemas, um profissional que irá ajudá-lo a maximizar seus ganhos. Entendendo isso, você consegue obter êxito.
Muitas organizações cometem o mesmo erro: oferecem um produto de qualidade e esquecem de prestar um atendimento personalizado. O cliente é o principal gerador de lucro em uma empresa e é essencial que fique satisfeito.