O que esperar para o futuro?
POR: Tuddo Comunicação
Com a pandemia do novo Coronavírus as formas de ensino aprendizagem foram modificadas. Os níveis de educação foram afetados, professores e alunos tiveram que se adaptar a novas plataformas da “noite para o dia”, trazendo novos elementos que não estavam na rotina da educação e da sala de aula, provocando assim novas e impactantes experiências para professores e estudantes.
Não podemos deixar de destacar a importância das ferramentas virtuais para a educação, que são de grande valia, mas devemos considerar a real importância da socialização, das atividades práticas que devem ser vivenciadas dentro do espaço escolar e acadêmico.
Para Silvia Bianchi, coordenadora dos cursos de Educação da FAM, o indivíduo em sua complexidade possui necessidades básicas de troca de experiências e vivências que o ensino a distância não proporciona. Não há como afirmar que o ensino a distância traz todos os mecanismos, isso seria contra os caminhos para uma educação plena. O processo de ensino-aprendizagem exige que a formação do indivíduo contenha uma diversidade de conhecimentos.
“Alguma perda sempre há quando existem mudanças. O afastamento causa um desconforto porque a necessidade de socialização é nata do ser humano. Reforço aqui que mudanças ocorrerão na educação, já estamos vivendo isso, da mesma forma que nos adaptamos ao novo momento, haveremos de nos adaptar a outros”, completa.
O fato é que cada indivíduo aprende de uma forma, e cada um no seu tempo. Com esse momento de pandemia aprender de forma virtual é desafiador, principalmente para aqueles que nunca utilizaram de ambientes virtuais como método de ensino. Dessa forma, o desenvolvimento do aluno que tem maior dificuldade na aprendizagem no modelo virtual deverá ser acompanhado de forma mais ativa por professores e pais, permitindo que se desenvolva respeitando seu tempo, no seu ritmo, que se sinta seguro para enfrentar os novos desafios que podem vir futuramente.
O aluno é o personagem principal desse quebra cabeça, é um momento em que as peças ainda estão se encaixando, os reflexos desse período terão que ser recuperados lentamente.
Para a especialista, a educação vai percorrer uma nova direção, que até era esperada, mas devido a essa realidade teve que acontecer de forma mais rápida.
“Sabemos que a educação trilhará novos rumos, que já estão sendo construídos durante todo esse processo, algo que já sabíamos que ia ocorrer, mas de uma forma mais lenta, não tão impactante como foi e estamos presenciando. O educador é um otimista por natureza, sempre adaptável a novos tempos”, disse a educadora.