Startups dedicadas ao setor varejista despontam com serviços de e-commerce, logística e operações
POR: OVOCOM
Ao todo, foram US$ 194,3 milhões movimentados até 19 de fevereiro, ante US$ 56,9 milhões aportados nos primeiros dois meses de 2020. O bom desempenho se deve, essencialmente, à mega rodada de investimento recebida pela MadeiraMadeira no valor de US$ 190 milhões no começo de janeiro. Ainda assim, a expectativa é que este ano supere o recorde de investimentos feitos ao longo do ano passado, em um total de US$ 711,1 milhões. Os outros dois aportes do ano foram para a Omni.Chat, feito pela Canary e pela Aimorés Investimentos, e para a Unbox, pela gestora Maya Capital.
“Somente nestes dois primeiros meses do ano, o volume de investimento já representa 26% do total investido no ano passado”, pontua Tiago Ávila, líder do Distrito Dataminer. “Se continuarmos neste ritmo, esperamos que o ano de 2021 supere 2020, tanto em volume de investimento como em número de aportes”, completa.
Atualmente, o país possui 748 startups voltadas para o varejo de acordo com o mapeamento realizado pelo Distrito. Mais de 70% delas estão por trás dos serviços oferecidos por outras empresas. São startups que desenvolvem softwares de logísticas, operações, plataformas de ecommerce e inteligências artificiais para o comércio, entre outras coisas.
Além disso, a maior parte é voltada para operações, como desenvolvimento de softwares para o gerenciamento de lojas, pontos de venda inteligente e gestão de inventário e estoque, seguida pelas startups de ecommerce.
Tendências: social e live commerce.
Tendências: social e live commerce
O estudo traz ainda dados internacionais sobre uma prática que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil: social e live commerce. O primeiro diz respeito ao uso das redes sociais para a venda de produtos e serviços, sendo o maior exemplo hoje o aplicativo chinês de mensagens instantâneas WeChat, que permite transações sem sair da plataforma. Desde 2009, já foram investidos no mundo US$ 6,7 bilhões em startups que atuam no setor.
Já o live commerce é uma forma específica de social commerce, que mistura a tecnologia, o entretenimento e as redes sociais. É o caso de vendas feitas por influenciadores digitais, por exemplo, que interagem com consumidores, tirando dúvidas. Mais uma vez o maior case é da China, com o Taobao livestream. Só no ano passado, esse mercado movimentou mais de mil bilhões de yuan no país.