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Informações

Compatibilização da área jurídica na gestão de empresas

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Instituto ‘Jurídico Sem Gravata’ propõe que advogados tirem a ‘gravata mental’ e se aproximem mais da sociedade
POR: Andrezza Queiroga
Eliminar a ‘gravata mental’ é a proposta do instituto ‘Jurídico Sem Gravata’, criado em 2015, por executivos e advogados que atuam em áreas corporativas, visando modernizar a prática da advocacia para que haja mais interatividade dos advogados nas empresas, sem perder o foco, o compliance, a ética, e sempre respeitando as leis.

“Nossa ideia é debater competências complementares ao Direito tradicional, focando em áreas como o Financeiro, Gestão Estratégica, Marketing, Recursos Humanos, ou seja, uma visão empresarial moderna”, analisa Carlos Frederico Andrade, o Fred, um dos fundadores do grupo.

Quando se fala em ‘Jurídico Sem Gravata’ logo vem à mente um advogado sem gravata, não é isso, o termo faz alusão a gravata mental, aquela que bloqueia o profissional jurídico de acessar e se permitir tomar conhecimento de outras áreas, que não sejam as litigiosas.

Existe uma tendência das faculdades em formar os alunos objetivando levar todos os casos para o litigioso. Hoje, com a crise sanitária, muitas empresas se viram diante de decretos, medidas provisórias e diversas leis e que o papel do departamento jurídico se tornou primordial nas discussões para tomar as decisões emergenciais. O advogado que se viu à frente dessas questões ao lado dos diretores das empresas, este sim, agiu sem a gravata mental. Buscando soluções compatíveis com o caixa e o passivo da empresa.

Há uma certa imagem que o mercado faz quando se pensa em um advogado. Aquele homem engravatado, sisudo e que diz não para tudo dentro das empresas. Esse modelo não está compatibilizado nem com a empresa nem com a sociedade. A exemplo, àquele ‘juridiquês’, bem como o latim ensinados pelos doutrinadores não se comunicam com a linguagem corporativista contemporânea. “Há que se ter uma linguagem mais clara e objetiva para que todos possam entender o que está sendo falado e assim se aproximar mais das pessoas”, frisou. Amira Chammas.

Luciana Freire vai mais adiante, ela explica que além das características citadas acima, a ideia é ter aquele profissional voltado para as alternativas extrajudiciais como forma de resolver os conflitos. O advogado moderno sai do seu escritório, faz cursos, se atualiza, vai em busca de novos desafios. Há diversos cursos sobre compliance, arbitragem, governança corporativa, o que torna o relacionamento com o cliente muito mais ágil. “São capacidades que o advogado precisa ter para poder negociar e influenciar pessoas”, complementou Luciana.

Por sua vez, Flávio Franco, que atua na área de inovação e empreendimento, observa que “àquele advogado tradicional que está lá somente para consultas, está fora das empresas. Já o advogado que tem conhecimento do modelo de gestão da empresa, que está atento às normas vigentes, e integrado às formas digitalizadas, este sim é um advogado sem amarras mentais que atrasam o país.

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