[radio_player id="1"]
Música

Pandemia aumenta debate sobre royalties do streaming musical e artistas buscam alternativas mais rentáveis para seu trabalho

3 Mins read

Comercialização de catálogos musicais mostrou-se saída vantajosa para aumentar ganhos, sem depender da monetização via

POR AGÊNCIA NO AR 

Com o surgimento e a expansão dos serviços de streaming de música, a indústria fonográfica e os profissionais do setor viveram uma grande transformação na forma como o seu trabalho é consumido e remunerado. O play no Spotify se tornou indicador, com métricas nem sempre justas, já que o streaming é sustentável para artistas pop cujas faixas são reproduzidas digitalmente milhões de vezes ao mês. Mas para músicos cuja carreira não é tão desenvolvida, o modelo pode ser desastroso.

E o debate sobre os royalties de streaming ganhou mais força com a pandemia, já que o isolamento social impulsionou o uso do serviço digital e muitos artistas cancelaram shows e turnês – perdendo assim a receita que vem com eles.

“A suspensão dos shows, que para muitos costumava ser a principal fonte de renda, tornou ainda maior a dependência dos artistas em relação à renda gerada pela música gravada. Sendo assim, a reivindicação por uma remuneração mais justa das plataformas, que já era uma realidade, se intensificou com a chegada da pandemia”, comenta João Luccas Caracas, CEO da gestora musical Adaggio.

Como são feitos os pagamentos via Streaming?

As empresas não costumam ser claras sobre a forma de pagamento dos artistas. Porém, no início do ano, uma das maiores plataformas do mercado de música digital lançou uma página para esclarecer como a receita gerada pela empresa é repassada aos cantores e compositores.

Um dos pontos mais relevantes é que o dinheiro não vai diretamente para os artistas. Ele chega nas mãos de quem possui os direitos sobre as músicas, isto é, gravadoras, distribuidoras e afins. A cada play, os detentores dos direitos recebem, portanto, uma fatia do valor arrecadado com a sua utilização (publicidade veiculada e assinaturas).

“Os artistas e compositores escolhem os titulares dos seus direitos e os acordos sobre suas músicas, inclusive dando permissão para elas estarem nas plataformas de streamings. As plataformas fazem o pagamento a esses titulares e são eles que repassam ganhos aos artistas e compositores”, esclarece João.
Rendimentos antecipados

Hoje, entretanto, os artistas e compositores têm alternativas para aumentarem os ganhos com suas obras. Uma delas é a comercialização do catálogo musical, por meio de uma gestora musical, modelo já bastante difundido mundo afora, mas ainda recente no Brasil. “Basicamente, o artista cede o direito de receber royalties futuros em troca de uma liquidez imediata, ou seja, uma antecipação de recebimentos, para investir como bem entender. A gestora musical trabalha esse catálogo para potencializar seus rendimentos e identificar novas oportunidades comerciais, diminuindo assim a dependência da monetização via plataformas de streaming”, explica o CEO.

No Brasil, a Adaggio é o primeiro fundo de investimento especializado na aquisição de catálogos musicais. Em 2021, a empresa já alocou 40% do capital levantado e está fazendo diligência em 60 catálogos que, juntos, valem cerca de R﹩ 250 milhões. Fazem parte do portfólio da empresa nomes como Jorge Aragão, Délcio Luiz, Dado Villa-Lobos, Toni Garrido, Danilo Caymmi, Dinho, do Mamonas Assassinas, entre outros grandes artistas.

João reforça que, para além do aspecto financeiro da parceria com os cantores e compositores, a aquisição de catálogos musicais valoriza o trabalho dos artistas e fortalece a cultura do país – todo o portfólio da Adaggio é formado por composições nacionais. “A cada parceria fechada, além do imenso orgulho que sentimos em trabalhar os direitos autorais de artistas tão respeitados e consagrados, somos motivados a buscar também a valorização dessas obras e da cultura do país, pois conseguimos manter vivos grandes sucessos e aumentar o alcance dessas canções”.

Sobre a Adaggio

A Adaggio é uma gestora musical fundada pelo músico João Luccas Caracas, que conta com um time de executivos veteranos da indústria fonográfica. O fundo Arbor Adaggio é gerido pela Arbor Capital, com recursos de clientes e sócios da gestora e sócios da Atmos Capital. Juntos, oferecem aos investidores uma exposição pura e simples de canções e direitos de propriedade intelectual dos compositores e artistas associados. A empresa já alocou 40% do capital e está fazendo diligência em 60 catálogos que, juntos, valem cerca de R﹩250 milhões. Formada por músicos e para músicos, tem como missão eternizar e ressignificar canções.
Crédito: divulgação
Related posts
Música

Gu Andersen convoca produtor de Rael e Marina Peralta para “Sexto Sentido”, seu novo single

2 Mins read
Ao lado de Bruno Dupre, o artista divulga uma nova faixa de seu primeiro álbum. Um Reggae Pop com elementos acústicos e…
Música

Banda Bernes: A história de dois amigos, empresários e amantes do Punk Rock Cristão

3 Mins read
Messias Berne e Davi Berne, dois amigos de infância, são hoje os nomes por trás da banda Bernes, o ícone do punk…
Música

Marcelo Camargo mistura música e sustentabilidade em evento na Amazônia

1 Mins read
No último final de semana, o presidente do MC Group, Marcelo Camargo, viajou para Manaus a fim de realizar uma visita estratégica…
Fique por dentro das novidades

[wpforms id="39603"]

Se inscrevendo em nossa newsletter você ganha benefícios surpreendentes.