Financiado pelo Instituto Feliciência, documentário ouviu importantes nomes no Brasil e no mundo para acelerar a reflexão e a ação das empresas em prol da saúde mental e do bem-estar do trabalhador
POR: Soraya Simon
A educação corporativa foi uma das áreas radicalmente transformadas pela pandemia. Se no início parecia que iria desacelerar e até parar, ganhou velocidade e capilaridade com eventos digitais. Palestras, cursos e simpósios se multiplicaram à exaustão. Tanto, que no final de 2021 o Instituto Feliciência, centro de educação científica dirigido pela professora e pesquisadora Carla Furtado, decidiu financiar um documentário sob medida para a educação corporativa. E mais: com acesso gratuito. “Precisávamos acelerar a reflexão em torno da urgência de estratégicas e ações efetivas para proteção e promoção da saúde mental do trabalhador, mas não queríamos oferecer mais um evento online em tempos de grande exaustão”, explica Carla.
O Instituto convocou um time premiado no mercado audiovisual para a empreitada. O documentário Manifesto 22 – Entre a Distopia e a Utopia teve direção geral de Sérgio Raposo e contou com Lucas Franzoni como diretor de fotografia e Livia Abreu como produtora. A partir de um olhar crítico sobre o mundo em que vivemos, trata dos efeitos de grandes transformações pelas quais a sociedade contemporânea tem passado: a aceleração da vida cotidiana, o distanciamento cada vez maior entre o discurso e a ação e a busca obsessiva pela felicidade. Aborda também a questão do bem-estar e da saúde no trabalho, apontando as principais contradições e incoerências e discutindo caminhos possíveis para as mudanças profundas que se fazem necessárias.
“É notório que a pandemia colocou o bem-estar do trabalhador sob os holofotes, mas é igualmente notório que nem todas os posts nas redes sociais, os cursos com receitas mágicas e até mesmo as narrativas de algumas organizações são efetivos no enfrentamento do mal-estar. Para nós, que pesquisamos felicidade de maneira séria, havia uma grande preocupação que toda essa temática se tornasse uma onda passageira ao tempo em que o sofrimento não será temporário”, destaca Carla. O documentário costura essa reflexão ouvindo a economista americana Della Duncan, a professora e pesquisadora Lêda Gonçalves de Freitas, o pesquisador e CEO da Humanizadas Pedro Paro, o cofundador do Capitalismo Consciente em diversos países Thomas Eckschmidt e a consultora canadense July Arts.
Após o lançamento em sessão privada, o documentário está disponível para projeções sem qualquer ônus. “Estimulamos o compartilhamento por gestores, professores, pesquisadores e agentes de transformação comprometidos com processos de educação em sustentabilidade de amplo escopo – ambiental, social e governança. Sugerimos a projeção em reuniões fechadas, aulas, seminários, simpósios e congressos”, explica Rachel Furtado, diretora de relações institucionais do Instituto Feliciência. Organizações como a Petrobrás e a Santa Casa de São Paulo já usaram o produto audiovisual.
A solicitação de projeção pode ser facilmente realizada através do site www.manifesto22.com.br. O documentário tem 30 minutos de duração. “É tempo suficiente para darmos o pontapé inicial para uma análise crítica sobre necessidades e ações em torno da sustentabilidade humana na organizações, parte essencial da agenda ESG”, conclui Carla.
*SERVIÇO:*
Documentário Manifesto 22 – Entre a Distopia e a Utopia
Direção: Sérgio Raposo
Realização: Instituto Feliciência
Duração: 30 minutos