POR: Piar Comunicação
O setor da educação passou por muitas transformações nos últimos anos, principalmente com a migração do ensino presencial para o online, que fez com que os alunos descobrissem no EaD uma maneira eficiente e prática de adquirir conhecimentos e se manterem em contato com os estudos, durante a pandemia de Covid-19.
Com mais de 11% de todas as startups do país, as edtechs são o maior segmento do ecossistema de acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) e não é por acaso que pudemos observar o surgimento de diversas empresas nesse setor e o aumento no investimento por parte das instituições na utilização intensa de acessórios, ferramentas e plataformas tecnológicas para auxiliar nos processos de aprendizagem, e a expectativa é que em 2022 o uso dessas inovações no ensino se consolide ainda mais.
De acordo com um mapeamento realizado pela Liga Ventures, pioneira na criação de mapas de startups em diferentes segmentos e principal ponte para fomentar a geração de negócio entre startups e empresas no país, o Brasil apresenta, neste momento, 464 startups ativas, divididas em 24 categorias de aplicação e espalhadas por 92 cidades do Brasil.
Entre os nichos que se destacam pelo maior número de soluções estão: Educação Corporativa (9,91%); Capacitação Profissional (7,11%); Formação Tecnológica (6,25%); e Vestibular e Concursos (6,06%).
Em celebração ao Dia Internacional da Educação, que ocorre em 24 de janeiro, separamos algumas tendências para o segmento da educação em 2022. Confira:
Gamificação
A gamificação é caracterizada pela adoção de elementos utilizados em jogos, como recompensas, rankings, feedbacks rápidos e designs mais criativos em outros ambientes e dinâmicas. “Ela tem sido utilizada pelas instituições de ensino com a intenção de qualificar, motivar, engajar e integrar os estudantes. E os resultados que vem alcançando a colocam como uma das grandes tendências nos próximos anos”, comenta Samir Iásbeck, CEO e fundador da Qranio, plataforma mobile de aprendizagem que usa a ludificação para estimular os usuários a se envolverem com conteúdos educacionais,
Metaverso
Definido como um mundo virtual imersivo e interativo que, por meio de realidade virtual, aumentada e internet, consegue criar ambientes, cenários e sensações muito próximas às reais, mas com todas as vantagens e possibilidades do espaço digital, o metaverso foi protagonista de muitas discussões dentro das empresas nos últimos meses. Ainda que não se tenha muita informação sobre como essa tecnologia funcionará na prática, já conseguimos prever como determinados segmentos poderão se beneficiar com o seu uso, como o é o caso da educação. “Além de trazer inovadoras e diferenciadas experiências e oportunidades de aprendizados para os estudantes, o metaverso poderá aprimorar os métodos de ensino a distância, diminuindo a barreira com os colegas e professores”, avalia Gustavo Caetano, CEO da Sambatech, edtech que leva conhecimento a todos os cantos do país.
Individualização do Ensino
Observamos um movimento de transição entre a demanda dos estudantes e seus interesses, contrastando com um aspecto ainda muito tradicional das famílias. “Os pais querem colocar seus filhos nas mesmas escolas onde estudaram quando jovens, sendo que nem sempre é a escolha mais estratégica para eles”, diz Daniel Rodrigues, mentor de negócios do InovAtiva Brasil. A partir do Big Data, as edtechs identificam padrões comportamentais que os professores não conseguem. “A individualização do ensino é uma das principais vantagens de estudar online. Quando nós mesmos conseguimos identificar nossas dificuldades, a partir da concentração de dados que um aplicativo nos fornece, passamos a lidar com elas da nossa maneira”, explica.