Além de mais brasileiros cadastrados como MEIs, Eduardo Xavier, da Revendus, explica a diferente entre venda consignada e marketplace
O ano de 2022 traz um ar de “respiro” a muitos empresários, ainda que trabalhem para alinhar e sanar os déficits causados pelo período pandêmico. Aliás, a instabilidade do setor da saúde não só do País, mas do mundo, sempre deixa em alerta quem investe.
Porém, dentre esse panorama, há aqueles que emergem, que se descobrem e que fazem acontecer.
Um desses pontos a serem destacados são os MEIs (microempreendedores individuais), que fecharam o ano de 2021 com recorde de aberturas, assim como a venda consignada.
Conversamos com Eduardo Xavier, CEO da Revendus, expert nesses dois assuntos, para nos aprofundarmos mais sobre isso. Confira!
O ano passado foi de recorde de abertura de MEIs, de acordo com o SEBRAE. Só no primeiro quadrimestre 80% das empresas abertas foram MEIs. Além da pandemia, a que você atribui esse crescimento?
Eduardo Xavier – É um pouco difícil descartar a pandemia, porque vi empresas reduzindo de tamanho e se extinguindo completamente. No entanto, as pessoas que trabalhavam nessas empresas acabaram abrindo suas próprias empresas. Por exemplo, a gente viu um contrato que tinha 100 usuários reduzir em dezenas de contratos menores. Mas, de forma geral, além do contexto econômico provocado pela COVID-19, o processo de abertura de MEI tá muito simplificado.
Existe “uma evasão” tributária também, onde as pessoas reduzem “estruturas complexas” do SIMPLES (que já é reduzido) diretamente para o MEI – ou múltiplos MEIs. Outros fatores têm a ver com a simplificação das leis trabalhistas e as massas de trabalhadores que pertencem a essa nova forma de capitalismo das plataformas digitais (Uber, IFood, Mercado Livre etc.). O MEI é legal por essa vantagem de infraestrutura jurídica, mas, além disso, tem a questão do acesso aos serviços de saúde (plano de saúde) e até aposentadoria. Não é “jogo” ficar fora do MEI, muita gente percebeu isso, creio eu.
Quais as vantagens que a venda consignada traz para quem trabalha com ela (seja para quem revende ou para quem fornece)?
EX – Toda empresa que produz ou distribui mercadorias pode ter um processo de venda consignada. Eu entendo a consignação como um canal de vendas que se potencializa nas relações. E é muito mais fácil de fazer negócios num regime de consignação do que num regime de venda. Mas, ressalvo que se deve ter cuidado ,porque inadimplência é uma realidade muito séria.
E quais cuidados devem ser tomados em todo o processo, principalmente para que não haja desvio de produtos, lucros ou afins?
EX – Os cuidados vão depender um pouco da fase em que se está. Entretanto, em geral, tem a ver com as relações na linha de frente e na retaguarda.
Na linha de frente, quando seu time de vendedores é composto por indivíduos de baixa performance e de má índole, os prejuízos que o empresário podem ter vão muito além do financeiro. O desgaste mental e o aborrecimento são impressionantes.
E na retaguarda ficam os fornecedores, que podem não entregar no prazo, errar produções inteiras e não priorizar você.
Muitos pensavam que a internet poderia acabar com a venda consignada. Em sua opinião, como a internet mudou (pontos para melhor e para pior) essa modalidade de venda?
EX – A venda consignada existe há muito tempo. E toda vez que se fala num canal de venda novo, é comum encontrar apontamentos para o fim da venda consignada.
A Internet oferece outros canais de venda para as empresas e, além disso, favoreceu a venda consignada porta a porta porque nossos aplicativos de venda móveis ajudam o vendedor a trabalhar na rua com tecnologia apropriada. Ou seja, a internet só ajudou.
O que é o site da Revendus?
EX – O site da Revendus é um site que explica os problemas que resolvemos dentro da área de venda consignada. Temos tecnologia para distribuidores, vendedores e revendedores e ali é possível encontrar a apresentação dessas tecnologias.
Atualmente, muitos brasileiros fazem compras em sites internacionais, como Shopee, Ali Express e similares. Como a venda consignada trabalha para competir na questão de preço e outros fatores com esse tipo de oferta?
EX – Como disse anteriormente, a Shopee, Ali Express e até os brasileiros, como o Mercado Livre são marketplaces. O marketplace é outro canal de venda.
De fato, ele compete em preço, mas ainda não compete em audiência e entrega de valor ao cliente final. Mesmo que se tenham preços competitivos, a venda consignada ganha nas boas relações entre vendedor e cliente.
Por fim, para que essas novas empresas, sejam esses MEIs que chegaram em 2021 ou quem está na ativa, que dicas você dá para que elas tenham sucesso?
EX – Toda empresa nova precisa de apoio. Seja do governo ou de serviços. Acho que o MEI é uma infraestrutura jurídica muito importante e o governo já concede isso.
A formalização é o primeiro passo, sim. Porém, em seguida, as empresas precisam investir em conhecimento de formação de equipe e contratação de serviços de apoio.
Na venda consignada, por exemplo, é essencial que se tenha um serviço de apoio com um sistema de distribuição e financeiro, como o Revendus. Primeiro, porque é impossível cuidar de uma empresa usando papel ou até mesmo planilhas de Excel para uma operação tão importante como esta.
Segundo, porque um sistema maduro como o nosso “chancela” sua empresa como uma companhia de alta performance. Esse sistema tem adoção em nível nacional por centenas de empresas. Você encontra tudo pronto e disponível pra fazer certo logo de primeira.
Serviço:
Revendus – revendus.com.br