Por Alessandra Montini- Diretora do LabData, da FIA
Já imaginou ter um lugar onde tudo é possível, você pode se tornar quem quiser e ter o que bem entender? Lá, é possível realizar festas com convidados, ir a um restaurante, trabalhar com várias pessoas, fazer comprar ou até mesmo viajar a uma conexão de distância.
Se você acha que esse mundo não existe, já quero te dizer que não se trata de uma utopia, uma sinopse de um filme ou uma previsão futurista. Este nada mais é do que o conceito do metaverso, um ambiente virtual para todos, seja para os fãs de jogos ou até mesmo para as empresas.
A proposta de vivenciar, em um ambiente virtual, situações comuns de nosso dia a dia, não é nova. Curiosamente, surgiu primeiro na ficção científica com a obra Snow Crash, de Neal Stephenson, em 1992, em que avatares interagiam entre si da mesma forma que fazemos no “mundo real”.
No entanto, ela tem se tornado cada vez mais comum. Tanto é que o Facebook, do Mark Zuckerberg, resolveu investir pesado no metaverso que até mudou o nome da empresa para Meta.
Uma pesquisa do Instituto Kantar Ibope Media, por exemplo, já mostra que 4,9 milhões de brasileiros já transitam por alguma versão do metaverso – equivalente a 6% das pessoas com acesso à internet. É uma realidade viável, uma vez que muitos de nós tivemos que migrar para o virtual a partir da pandemia de covid-19, em março de 2020.
Não canso de dizer que estamos diante de mais um capítulo da internet e dessa vez de maneira ambiciosa, já que a proposta é espelhar o mundo real no ambiente virtual a partir de tecnologias de realidade virtual e aumentada.
É claro que outras tecnologias terão papel importante nesse mundo paralelo. A Inteligência Artificial, por exemplo, será fundamental para que tudo aconteça. Sem dúvida, as empresas que quiserem entrar no metaverso precisarão investir em IA, que tem sido trabalhada com grande capacidade de decidir, raciocinar e solucionar alguns problemas. Se ela é essencial no mundo real, não poderia ficar de fora no ambiente virtual.
É ela que ajuda a criar ambientes virtuais, como uma loja de peças de roupas e acessórios para avatares, casas, experiência social, shopping centers com comércio imersivo, salas de aula, arte digital, colecionáveis e ativos (NFTs), além de possibilitar a interação para treinar funcionários, atendimento ao consumidor, vendas e outras interações de negócios.
Se a vida costumava imitar a arte, digo agora que a tecnologia tem dado um jeito de imitar a vida, proporcionando uma revolução tecnológica que vai mudar a maneira de como olhamos
até aqui para o universo online. Os impactos serão enormes tanto no campo pessoal como no mundo dos negócios, afinal de acordo com a Gartner, em 2026, cerca de 25% das pessoas passarão pelo menos uma hora por dia no mundo virtual para trabalho, compras, educação, redes sociais ou entretenimento.
Prepare seu avatar, pois você vai desvendar um mundo repleto de oportunidades! Estou pronta, e você?