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Saúde

Falta de saúde mental tem impacto nos dentes; veja problemas comuns e saiba como prevenir

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Alterações na normalidade emocional e mental trazem consequências inimagináveis à saúde dentária; é necessário tomar alguns cuidados 

*Por Alexandre Annibale*  |  Inguz Assessoria 

 A necessidade de preservar e fortalecer a saúde mental é um tema que cada vez mais ganha espaço no debate público e traz luz a questões que há alguns anos eram pouco abordadas com o devido enfoque. A discussão observou alterações com a chegada da pandemia causada pelo novo coronavírus, afinal, muitas pessoas foram acometidas por pioras no quadro mental desde 2020, questão que pode ser explicitada em números: de acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros declararam que o bem-estar mental piorou no último ano devido à pandemia. Ainda em 2017, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontava o Brasil como o país com maior prevalência de transtornos de ansiedade nas Américas, com pouco mais de 9% da população afetada, cerca de 18,6 milhões de pessoas na época. E a falta de saúde mental, que sempre trouxe inúmeros empecilhos sociais na vida das pessoas, também começou a se mostrar danosa à saúde bucal — revisão de 25 estudos realizados com mais de cinco mil pacientes psiquiátricos mostrou que eles tinham quase três vezes mais risco de perder os dentes. Outro ponto crucial para se atentar.

Os prejuízos aos dentes causados pela falta de uma boa saúde mental podem acontecer por diferentes razões. Uma delas, bem comum, é a falta de uma higienização correta da boca e dos dentes. Isso porque pessoas com alterações mentais muitas vezes têm um menor cuidado com a higiene oral e, ainda, desenvolvem compulsões alimentares e recorrem a alimentos ricos em açúcares, na tentativa de uma satisfação temporária aos problemas. Sem uma limpeza bem feita posterior da boca, portanto, bactérias se proliferam e cáries podem surgir com maior facilidade.

O estresse em excesso também é um elemento fundamental no prejuízo aos dentes, afinal, ele causa uma diminuição da saliva e reduz a resistência a bactérias, o que pode trazer como resultado inflamações e cáries. Além disso, o estresse é responsável pelo aperto contínuo dos dentes, muitas vezes involuntário, que ocasiona o bruxismo — o “ranger” dos dentes pode causar, inclusive, quebras dentárias. A tensão extrema também pode resultar em uma disfunção temporomandibular, problema que afeta a articulação da mandíbula e do crânio.

A depressão, doença de alto impacto na vida de pacientes diagnosticados com o problema, também é responsável por impactos consideráveis nos dentes. Além de uma facilidade maior de o paciente descuidar de alguns cuidados bucais devido à doença, alguns efeitos colaterais de medicamentos são motivos de atenção a quem faz tratamento contra a depressão. O medicamento antidepressivo Fluoxetina, por exemplo, pode causar aumento da parafunção — transtorno involuntário de movimento — e apresentar dor muscular, além de haver registro do fármaco causar a diminuição do fluxo salivar. Como consequência dessa redução, aumenta a halitose, pode surgir gengivite e cáries também tendem a surgir com maior facilidade. Especialistas de saúde mental destacam também que pessoas depressivas têm uma propensão considerável de recorrer a vícios, como o cigarro, conhecidamente causador de inúmeros males à boca, como gengivite e até câncer.

Para a prevenção e tratamento desses problemas, é recomendado um trabalho multidisciplinar, ou seja, com base em diferentes especialidades. Pessoas que apresentam sintomas como ansiedade, estresse excessivo e depressão devem procurar ajuda psicológica ou psiquiátrica. A ajuda médica será responsável por receitar os melhores medicamentos para o tratamento dos problemas, com foco na maior efetividade e menores efeitos colaterais. Além disso, é essencial consultar um dentista ao menos a cada seis meses, para identificar eventuais lesões na boca, problemas dentários e realizar o tratamento antecipado de quaisquer disfunções que, porventura, ocorram. Ademais, problemas como o bruxismo podem ser amenizados pelo dentista com a recomendação de placas miorrelaxantes e a ausência salivar pode ser melhorada com técnicas e aparelhos hiperbolóides, saliva artificial, e até limão dissolvido em água auxilia o paciente que enfrenta esse tipo de problema, por exemplo. Como vale sempre lembrar, a saúde começa pela boca; cabe a nós buscarmos sempre os melhores cuidados.

*Alexandre Annibale é cirurgião dentista, especialista em ortodontia e capacitado em odontologia do sono.

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