Diante do cenário que estamos vivendo, bombardeados por notícias, muitas vezes, não tão agradáveis e cercados pela incerteza, tentar enxergar as coisas sob uma ótica mais otimista pode ser um grande desafio. Por isso, compreender um pouco mais sobre o otimismo pode nos ajudar a lidar melhor com os eventos cotidianos e a cuidar melhor da nossa saúde mental e qualidade de vida.
O otimismo é uma forma de encarar os eventos que acontecem em nossa vida, caracterizado por uma perspectiva mais positiva sobre os fatos. No entanto, isto não significa que ser otimista é ver flores em tudo, tão pouco desconsiderar a realidade dos fatos ou até mesmo romantizar a dor. De acordo com o pai da psicologia positiva, Martin Seligman, tanto o otimismo quanto a impotência (pessimismo) podem ser aprendidos ao longo de nossas vidas.
Muitas vezes, acabamos nos definindo como “otimistas” ou “pessimistas” como se isso fosse um rótulo, uma espécie de lente que carregamos por nossas vidas, fadados a enxergar as coisas a partir de duas únicas perspectivas. No entanto, o nosso modo de perceber e encarar os fatos pode variar de acordo com uma série de fatores, incluindo fatores biológicos, a nossa história da vida e até mesmo a nossa cultura, constituindo assim, o nosso modelo explanatório, ou a nossa forma de explicar os eventos não tão bons.
Pessoas com um modelo explanatório mais pessimista, tendem a atribuir causas internas como responsáveis pelos eventos ruins. Pensamentos como “eu sou muito azarado(a) ” ou “isso só acontece comigo!”, são bastantes recorrentes para estas pessoas, fazendo com que elas se culpem excessivamente. No entanto, mesmo que exista uma parcela de responsabilidade pelo fato ocorrido, é muito importante não nos martirizarmos diante dos acontecimentos ruins, pois quase sempre existem causas externas que contribuem com a ocorrência dos fatos. Reconhecer os fatores externos, ajuda a não paralisarmos pela culpa e conseguimos agir apesar dos problemas.
Outras duas características importantes de um modelo explanatório pessimista são: compreender os problemas como permanentes e/ou fazer de um problema pontual, algo generalizado, de proporção exagerada. Isso porque, muitas vezes diante de um problema, nós tendemos a nos sentir como se ele fosse durar para sempre. No entanto, se lembrar de que os problemas são passageiros e de que a vida é dinâmica e pode mudar a qualquer momento, reforça a nossa esperança de um futuro melhor. Afinal de contas, se a vida é um nuance de bons e maus momentos, da mesma forma com que as coisas boas passam, as situações ruins não são estáticas nem tão pouco eternas.
A partir desta perspectiva, é possível exercitar a nossa forma de encarar os fatos e treinar o nosso otimismo. O ganho disso, está em uma maior disposição para lidar com os problemas e desafios da vida, ao mesmo tempo em que aprendemos comportamentos mais adaptativos, enfrentativos e benéficos em prol da nossa qualidade de vida. O pessimismo pode nos paralisar, ou fazer a gente evitar situações necessárias para o nosso crescimento, aprendizado e resolução de problemas, enquanto o otimismo
E então, vamos tentar exercitar o nosso otimismo?
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