Para especialista no assunto, consumidores tendem a preferir as ‘marcas humanizadas’ que englobam competências como posicionamento e consumidores ao epicentro das atenções
POR: Duetto Comunicação
Os consumidores no Brasil vivem uma constante evolução e a humanização no relacionamento com as marcas e empresas será umas das mudanças mais importantes desta trajetória. As novas tecnologias, os novos desafios do mercado e as novas formas de se relacionar conduzem as corporações a um posicionamento de aprendizado constante, que levarão a uma flexibilidade jamais vista. Competências como, ser empático, ouvir dúvidas, sugestões, antecipar desejos e, principalmente, acolher com afeto cada dor, incluindo, inclusive, pedidos de desculpas, hoje são posicionamentos indispensáveis neste contexto.
Camilla Simon, que é especialista em estratégia de relacionamento e diretora da Moulin (agência responsável por projetos desenvolvidos para marcas como LG do Brasil, Hospital Albert Einstein, Comgás e Coral), ressalta que as empresas que conseguem estreitar e otimizar o relacionamento com os cliente, em sua grande maioria, são as que se posicionam, as que conseguem incorporar o ser humano ao epicentro das estratégias, ações e atenções, considerando que as relações assertivas são baseadas em falhas, reposicionamentos, acertos e absoluta transparência.
Intitulada de Marketing H2H (Human to Human), a ação não se trata apenas uma estratégia focada em vendas, mas em performances planejadas e contínuas na gestão de uma marca. Para melhor exemplificar essas atuações, Camilla faz um breve resumo de competências como humildade, sensibilidade, coragem e autenticidade que, para ela, fazem parte das principais demandas que determinam este novo momento. Confira:
HUMILDADE
Esta será uma das grandes competências da nova economia. Essa flexibilidade, que está intrinsicamente ligada à humildade, potencializará ainda mais o Marketing H2H (Human to Human). Ser empático, entender as dores, dúvidas e sugestões, antecipar desejos, ouvir com afeto e atenção (inclusive as críticas), serão posicionamentos indispensáveis neste contexto.
SENSIBILIDADE
Falta de sensibilidade nunca foi perdoável (ainda bem). Imagine em um mundo pós-pandemia, absolutamente conectado, tecnológico e cada vez mais, humano? Um mundo com assuntos de todos os tipos e delicadezas vindo à tona ainda mais rapidamente do que nunca trazem essa “percepção aguçada”, e essa receptividade desenvolvem no ser humano e nas marcas a faculdade de sentir afeto, compaixão, empatia e também inteligência emocional, além da capacidade de se adaptar a diferentes culturas. Sem essas faculdades estimuladas, como desenvolver o pensamento crítico e tantas outras competências ligadas à tecnologia? Sem sensibilidade, como ler os dados com profundidade e saber responder à eles?
CORAGEM
Você se lembra quando a Nike foi absolutamente firme no posicionamento e defendeu a atleta Serena Williams em uma divergência séria com Bernard Giudicelli (dirigente da Roland Garros, em 2018)?. Na ocasião ele criticou-a por causa do uniforme, inspirado no filme Pantera Negra, considerando-o “ousado”, e a peça, especialmente desenvolvida para a performance da atleta que havia acabado de dar à luz foi proibida. “Você pode até tirar a roupa de super-heroína, mas jamais seus superpoderes”. Foi assim que a Nike posicionou-se, totalmente alinhada ao propósito da marca: just do it! Ter coragem e se posicionar não é simples, pelo contrario, é desafiador, mas nos dias atuais, será extremamente necessário.
AUTENTICIDADE
Falar o que pensa e, de fato, pensar aquilo que fala. Ter princípios e verdade próprios e que podem, sim, mudar com o tempo: amadurecer. Não ter vergonha de não saber e de querer aprender. Ser fiel à própria natureza, assumir quem se é e, por tudo isso, viver toda a liberdade que a transparência e a leveza conferem a uma marca! Autenticidade: é disso que estamos falando!
Sobre Camilla Simon
Camilla Simon atua há 20 anos no segmento de publicidade, marketing de relacionamento, campanhas de incentivo e fidelidade. Extremamente inquieta, percebeu um movimento das marcas e dos clientes buscando por novas soluções de engajamento. A profissional que sempre desenvolveu projetos fora da caixa se destaca cada vez mais em sua área e há 2 anos dirige a Agência Moulin, um espaço que se tornou um laboratório para formar profissionais com a mesma paixão pelo trabalho e oferece às marcas comunicação inteligênte. Historicamente, Camilla atendeu os mais variados segmentos, desde pecuária à arquitetura de alto padrão. Costuma se descrever da seguinte forma: “um dia de bota na lama, e outro de salto na fashion week da arquitetura e construção”. Está à frente de projetos desenvolvidos para marcas como LG do Brasil, Hospital Albert Einstein, Comgás, Coral, entre outros. Como sempre amou a diversidade nos negócios, encara estudar o business do cliente para saber tanto quanto ele sobre o seu próprio negócio e, partir daí, oferecer estratégias personalizadas e de acordo com as necessidades das empresas.