O anúncio reflete uma mudança social mais ampla; e a América Latina está na vanguarda
POR: latamintersectpr
O recente anúncio do Instagram de que estaria testando um novo serviço para comércio e troca de tokens não fungíveis (NFTs) entre um grupo ‘selecionado’ de criadores e colecionadores reflete a disseminação da chamada ‘geração criptográfica ‘ segundo Sebastian Cuadros, Gerente de Desenvolvimento de Negócios para América Latina da Phemex.
A princípio, o teste estará voltado apenas para assinantes do Instagram nos EUA. Juan acredita que para as transações decolarem na América Latina é “só uma questão de tempo”. “NFTs são simplesmente uma forma de voucher que garante ao seu portador a propriedade, uso ou outros direitos em relação a um determinado ativo. Neste caso, esses ativos provavelmente serão imagens ou obras de arte alinhadas com a plataforma e sua base de usuários. Mas esses tokens são igualmente relevantes para ativos como fundos, participação em negócios ou outros tipos de patrimônio. Assim como seus equivalentes ‘tradicionais’ (ações), eles podem ser trocados e negociados; neste caso, a integridade da transação é assumida através do blockchain”.
De acordo com o anúncio do Instagram, um pequeno grupo de usuários dos EUA terá a capacidade de exibir NFTs em seu feed, stories e mensagens. Os detalhes da NFT são exibidos de maneira semelhante aos perfis e produtos marcados, onde são chamados de “colecionáveis digitais”. A notícia foi acompanhada por uma mensagem em vídeo de Mark Zuckerberg confirmando que, em breve, uma funcionalidade semelhante também estaria disponível no Facebook.
“Essa abordagem de troca ‘peer to peer’ – sem intermediário de terceiros – oferece o potencial para um comércio genuinamente sem atrito, onde compradores e vendedores concordam e negociam de acordo com sua percepção (subjetiva) de preço e valor. Em muitos casos, a ausência de intermediários ajudará a criar mercados que, de outra forma, dependeriam de infraestrutura, validação e – inevitavelmente – custos de terceiros”, afirma.
A Phemex é uma das maiores plataformas de trading de criptomoedas do mundo; além do comércio entre criptomoedas e moedas tradicionais, a plataforma facilita as negociações entre tokens que representam tudo, desde projetos de pesquisa e desenvolvimento até startups de negócios, todos denominados em criptomoedas e validados via Blockchain.
“No mês passado, disponibilizamos mais de 70 novos chamados ‘pares’ para traders na América Latina para permitir que eles comprem, prevejam e protejam suas posições. Em muitos casos, essas negociações são mais eficientes do que suas contrapartes convencionais, devido à ausência de qualquer intervenção de terceiros”, diz Sebastian, que continua descrevendo a atividade como parte de uma tendência socioeconômica muito mais ampla que varre a região.
“Em primeiro lugar, uma abordagem flexível da vida e do trabalho; uma tendência certamente exacerbada pela pandemia e restrições subsequentes. Hoje, por exemplo, 21% dos latino-americanos se descrevem como freelancers. Em segundo lugar, sua crescente dependência da Web em casa e no trabalho; 56% dos funcionários latino-americanos acreditam que o uso das mídias sociais ajuda no desempenho no trabalho, enquanto 64% admitem ser influenciados por elas em suas decisões de compra. Finalmente, os latino-americanos já são participantes ativos da economia compartilhada e, portanto, “o conceito de negociação ‘peer to peer’ é perfeitamente confortável para eles”.
“Essas tendências se combinam para criar uma ‘geração criptográfica’ em toda a América Latina; que tem menos a ver com um grupo demográfico e mais com uma mentalidade, perfeitamente sintonizada com a oportunidade de NFTs pelo Instagram, entre outros. O anúncio do Instagram certamente será transformador; mas em termos de geração de criptomoedas na América Latina, é apenas o começo”, acrescentou Sebastian.
A Phemex está fortemente envolvida na educação em todos os aspectos do Blockchain e na oportunidade que apresenta para traders, investidores e empreendedores em toda a América Latina, inclusive por meio de parcerias com universidades na Argentina e na Colômbia.