POR: Piar Comunicação
As tão faladas cidades inteligentes – ou smart cities, como são conhecidas em inglês – já existem e são exemplos práticos de como a tecnologia, quando aplicada a serviço do bem-estar da população, acelera o desenvolvimento de todo um ecossistema. Um bom exemplo é Songdo, cidade da Coreia do Sul que aprimorou os sistemas integrados de seus edifícios com monitoramento de energia e alarmes de incêndio e até mesmo gestão de lixo doméstico.
Segundo o relatório “Thinking About Smart Cities”, de Amy Glasmeiera e Susan Christopher, cientistas do Departamento de Estudos Urbanos e Planejamento do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), já é considerada inevitável a adoção de tecnologias para o desenvolvimento de centros urbanos, portanto, a tendência é que comecem a aparecer mais cidades inteligentes ao redor do mundo em breve.
O Brasil já possui agentes importantes para o desenvolvimento do conceito de smart city. São Paulo encabeça o ranking brasileiro de cidades inteligentes, seguido por Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. A maior parte do investimento em tecnologia é destinado ao transporte público, reflexo de problemas graves de mobilidade urbana que esses locais enfrentam.
Confira a lista de importantes agentes que estão lutando para transformar a rotina dos brasileiros com tecnologia e prometem consolidar o conceito de cidades inteligentes:
Tania Gomes – Ibrawork
Head de Inovação do hub de open innovation Ibrawork, Tania é especializada em fomentar o ecossistema de startups, especialmente aquelas com compromisso social, ambiental e de boas práticas. Seu currículo é focado no incentivo à inovação e na descoberta de startups que vão transformar grandes centros urbanos e torná-los mais inteligentes. A executiva está, atualmente, no comando do projeto Mercadão for Startups, do Ibrawork, o qual está selecionando as mais inovadoras startups para transformar um dos símbolos de São Paulo e torná-lo mais inteligente. O projeto é o pontapé inicial para a consolidação de mudanças importantes que irão transformar a maior cidade da América Latina em uma smart city.
Rodrigo Petroni – UPM2
Rodrigo von Uslar Petroni é CEO e cofundador da UPM2, startup paulista que desenvolve tecnologias disruptivas para smart cities. Há um ano, sua startup lançou o Super Aplicativo SP Pass, que resolve os problemas de mobilidade urbana enfrentados pelos paulistanos. Através do aplicativo, é possível pagar passagem de ônibus através de um QR Code, recarregar o bilhete único, entender como funciona todo o sistema de mobilidade urbana de São Paulo, simular os melhores caminhos e saber onde há pontos de transportes alternativos, como bicicletas.
Nicolaos Theodorakis – Noah Tech
Nicolaos é sócio fundador da Noah, construtech especializada em construções em madeira. Empreendedor do Mercado Imobiliário e Financeiro há 10 anos com foco no mercado residencial de alto padrão, fundou a Noah com o propósito de transformar o mercado de construção civil no Brasil com uma tecnologia que garante mais escalabilidade a partir de processos inovadores e previsibilidade no mercado de construção. A tecnologia permite uma redução considerável do tempo gasto no canteiro de obras, o que, em larga escala, traz benefícios de bem estar e mobilidade ao redor de construções. A partir do Wood Building Design, combinação da fabricação digital com a madeira engenheirada, o foco de Nicolaos é tornar intrínseco o conceito de descarbonização no mercado imobiliário através das construções em madeira.
Guiarruda – Vertown
Guiarruda é CEO da Vertown, uma startup de tecnologia que possui software que integra e centraliza toda a gestão de cadeia de resíduos e conformidade ambiental, com capacidade de administração consciente e sustentável de todos os materiais em diferentes momentos da cadeia produtiva. Por meio de sua plataforma, as empresas conseguem acompanhar toda a rastreabilidade de seus resíduos, estar compliance com a legislação utilizando tecnologias de blockchain e inteligência artificial para gerar melhorias em todo esse processo e auxiliar os clientes a reportar os principais indicadores de ESG, entre outros pontos.