O comércio eletrônico aumenta de vento em popa e oferece produtos a consumidores de diferentes faixas etárias
*Por Erick Herrera
Uma das maiores constantes do planeta Terra é a de que os seus habitantes estão em constante processo de mudança, seja ele biológico, político, ou até mesmo na moda e na alimentação. A pandemia declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020 por causa do novo Coronavírus, por exemplo, teve como uma das principais características a capacidade de acelerar uma série de tendências, especialmente no ambiente on-line. O crescimento dos serviços digitais é um dos elementos que mais se destaca no período, afinal, com a necessidade de haver distanciamento social em razão do vírus, muita gente recorreu a recursos como compras e pagamentos feitos com poucos toques na tela do smartphone.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), as vendas via e-commerce em 2020 cresceram 68% em relação ao ano anterior. Neste ano, esse modelo cresceu 12,6% e faturou R$ 39,6 bilhões no 1º trimestre, segundo números da plataforma de dados Neotrust. O estudo ainda mostra que houve alta na quantidade de pedidos realizados, um total de 89,7 milhões de compras on-line — elevação de 14% em comparação aos três primeiros meses de 2021.
O crescimento de compras via e-commerce traz uma série de vantagens, tanto para quem adquire quanto para quem vende. Para os donos de negócios eletrônicos, é possível propiciar um atendimento personalizado a cada cliente, fornecer mais informações sobre produtos, realizar integrações com outros canais, além de haver maior facilidade para criação de anúncios e acompanhamento de resultados. Para os consumidores, o e-commerce é oportunidade valiosa para adquirir produtos por um preço final menor, especialmente em razão da diminuição do custo operacional do vendedor em ambiente digital, além de todo o processo ser feito de maneira simples, rápida e segura: o conforto que qualquer pessoa procura.
Segundo dados divulgados neste ano pela consultoria NielsenIQ Ebit, em parceria com a Bexs Pay, o crescimento do e-commerce já mostra capilaridade inclusive entre o público mais velho. A faixa classificada como “50+” foi responsável por 33,9% dos pedidos on-line em 2021. Entre os produtos mais comprados pelas pessoas mais maduras, estão artigos de construção, ferramentas, bens de saúde e eletrodomésticos. Um dos principais motivos para o aumento nas vendas de e-commerce para esse público, destacam especialistas, é o desenvolvimento dos comércios digitais, atualmente mais diversificados e mais fáceis de serem utilizados por pessoas de idade mais avançada.
Os brasileiros que vão até o ambiente digital em busca de produtos e serviços atualmente têm em mente um fator decisivo para a efetivação da compra: o preço. O valor das mercadorias ganha ainda mais centralidade nesse processo em razão do momento pelo qual o Brasil atravessa, com alta constante na inflação — no começo de agosto deste ano o Copom elevou a Selic, a taxa básica de juros, para 13,75% ao ano. Tal cenário traz desafios aos donos de comércios on-line, que precisam absorver essas demandas dos consumidores ao passo em que buscam manter a margem de lucro. A vantagem de o e-commerce em geral permitir uma operação mais barata, porém, é um trunfo, assim como a capacidade de antever as necessidades do público por meio de boas métricas. Compras on-line há muito tempo já são parte de uma realidade moderna e bastante lucrativa; cabe aos atores do e-commerce oferecer o que há de melhor, ainda que existam adversidades.
*Erick Herrera é COO da Maeztra, consultoria e implantadora de e-commerce.
Sobre a Maeztra
A Maeztra é uma consultoria e implantadora de e-commerce com mais de 10 anos de experiência, mais de 400 marcas atendidas e 500 projetos entregues. A empresa trabalha para construir relações de confiança e entregar serviços de qualidade, resultado do exercício diário do conhecimento técnico da companhia e dos valores defendidos, como o protagonismo, a transparência, a adaptabilidade e, claro, a felicidade.