Startup especializada em suplementação pet estreia no varejo e pretende continuar o ritmo de crescimento em 2023
POR: Canal a Comunicação
O que pode parecer brincadeira para quem não tem pets, é na verdade um negócio sério (e rentável). O mercado de suplementos e vitaminas para cães e gatos parece que está apenas começando, e os números por trás da startup Petvi mostram que a categoria vem ganhando força.
O paralelo ao mercado de suplementação humana é natural. Segundo pesquisa da ABIAD, 59% dos lares brasileiros têm pelo menos uma pessoa consumindo suplementos. Os cofundadores da Petvi acreditam que o mesmo deve acontecer com o mercado de suplementação pet.
“Nós vimos o mercado de suplementos humanos crescer exponencialmente na última década. Todos indícios mostram que o mesmo vai acontecer com o mercado pet. Estamos apenas no começo”, diz Rafael Dzik, cofundador da Petvi.
A Petvi surgiu da ideia dos dois irmãos Max e Patrick Peters, e seu amigo Rafael Dzik. Seus cachorros já estavam consumindo diferentes suplementos recomendados pelos veterinários, quando eles se perguntaram se não poderiam criar algo ainda melhor. Empreendedores seriais, os três usaram capital próprio de cerca de 1 milhão de reais para começar a empresa.
O primeiro produto foi o Longevi, um super suplemento canino que junta 44 micronutrientes para completar a alimentação de cachorros. O sucesso foi imediato: lançado em Julho de 2020, a empresa começou com o pé direito e passou a mirar mais alto.
O próximo produto a fazer sucesso foi o Atlantis, o primeiro ômega 3 líquido para cachorros e gatos do Brasil. Em pouco tempo ele se tornou o segundo suplemento canino mais vendido da internet, atrás apenas do Longevi. Os dois também fazem dobradinha de liderança também como os mais vendidos do Mercado Livre.
“Apesar da nossa força no online, sabemos que o mercado offline é ainda muito maior”, diz Patrick Peters, cofundador da Petvi. A empresa acaba de entrar em grandes redes varejistas pet e pretende continuar no ritmo de crescimento acelerado em 2023.
No primeiro semestre deste ano, o varejo pet registrou a abertura de mais de 18,2 mil negócios no Brasil. Dados do Sebrae confirmam o aumento de 33% comparado aos primeiros seis meses de 2019 – antes do início da pandemia. Com o isolamento social, os consumidores passaram a dar mais atenção para dentro do lar, desde melhorias da casa a produtos e serviços personalizados. E, com os novos membros da família, não foi diferente.
A startup fez parte ainda do programa de Scale Up da Endeavor, principal ONG de empreendedorismo do mundo, e planeja lançar mais 4 produtos nos próximos 6 meses, todos concebidos pela área interna de P&D da Petvi. “Nossa filosofia é simples: criar bons produtos para solucionar problemas que não são bem solucionados. Mas o que realmente faz a diferença é a qualidade da execução, somos obcecados pela experiência e satisfação do cliente com nossos produtos conta Max Peters.
As projeções para o fim do ano indicam que a startup deve fechar 2022 com 26 milhões de faturamento, um crescimento orgânico de mais de 60% em relação ao ano anterior. Para 2023 os sócios planejam continuar o ritmo de crescimento, com a entrada no varejo, expansão internacional e novas linhas de produtos. A Petvi considera ainda algumas oportunidades de aquisição de produtos e marcas já rentáveis e que sejam complementares às suas linhas atuais.
De acordo com o Censo Pet ITB, os cães lideram o ranking, com 58,1 milhões de indivíduos. Segundo uma nova projeção do Instituto, o segmento deve crescer 14% até o final de 2022, aumentando o faturamento de R$ 51,7 bilhões conquistados no último ano. O Brasil é o terceiro país em população total de animais de estimação, o que endossa a força do setor na economia.