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Moeda Forte

Falar de inclusão no mundo corporativo é conviver, e não apenas o cumprimento de uma quota

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POR: Celso Braga – sócio-diretor do Grupo Bridge

Como as empresas devem se preparar para incluir em seu quadro de funcionários colaboradores com necessidades especiais – Quais os ganhos para a empresa? Não estamos falando de cota. Estamos falando de conviver com o diferente para ampliar o olhar para as capacidades, e não limitações físicas.

Como todos os temas novos que surgem, a inclusão passou por um processo de ser algo obrigatório para ser algo que faz parte de nosso cotidiano de verdade. Aconteceu isso com o fator responsabilidade social. Muitas organizações pregavam políticas na parede, que não correspondiam a ações verdadeiras no dia-a-dia. Agora, vemos que se tornou verdadeiramente um propósito em muitas dessas organizações. A inclusão, atualmente, nada mais é do que uma cota obrigatória na maioria dos casos. A boa notícia é que caminhamos para a incorporação desta prática como parte do cotidiano e verdadeiramente algo que faz parte, e não algo à parte.

Preparar o ambiente para facilitar a entrada de pessoas que devem ser incluídas é, ainda, um desafio. Podemos ter cadeirantes, cegos, pessoas com síndromes diferentes e cada um vai precisar de um tipo de adaptação. Desse modo, talvez não seja possível termos todas as condições de realizarmos as adaptações antes da chegada destas pessoas, mas podemos fazê-las à medida que a situação se apresenta, o que requer uma cabeça aberta para investir nessas adaptações. Lembremos que, se for de verdade e não apenas um cumprimento de cota, ficaremos com o profissional se ele entregar resultados de verdade. Senão, ele poderá sair como qualquer outro profissional. A empresa ganha à medida que as pessoas como um todo percebem o respeito a todas as condições de um indivíduo e as exigências de maneira real para que todos possam dar sua contribuição.

Eu passei por uma situação difícil há alguns anos. Uma empresa me contratou para um evento de integração e desdobramento do planejamento estratégico com 800 pessoas participantes. Após levantarmos o perfil dos participantes e as condições para o evento, criamos algumas atividades que envolviam música e a empresa aprovou. Ao chegar ao local, descobrimos que 20% das pessoas eram surdas e que faziam parte do processo de inclusão da empresa. Ninguém lembrou de nos avisar. Demos um jeito na hora, um super desconforto e desafio.

Ao conviver com pessoas diferentes, a ampliação do olhar e a inclusão tem a ver com todos passarem a olhar o diferente como parte do processo e não apenas como uma obrigação de convivência. Nas escolas atuais, vejo que isto tem sido comum, as pessoas são incluídas pelos alunos como parte da sala, fazendo com que todos colaborem mais uns com os outros. No trabalho, talvez esse seja o efeito colateral mais desejado, um aumento de colaboração entre todos.

Celso Braga – Sócio-diretor do Grupo Bridge, Psicólogo e Mestre em Educação, pós-graduado em Psicodrama Sócio Educacional pela ABPS, Professor supervisor pela FEBRAP. Acumula experiência de mais de 25 anos em desenvolvimento humano e projetos de conexões educacionais e inovação.

É autor dos livros ‘A Jornada Ôntica’ (2013), ‘O Hólon da Liderança’ (2015), ‘Inovação: diálogos sobre a prática’ (2016), ‘Inovação: diálogos sobre colaboração produtiva’ (2017), A Magia dos Sentimentos: 27 emoções para transformar sua vida e recentemente lançou os livros em versão digital Lifelong Learning – Aprender para a Vida e Empowerment, Uma liderança que inspira e coautor do livro ‘Educação para Excelência’ (2010). 

 Celso Braga é mentor do CEO EM CEM – www.ceoemcem.com.br, serviço e mentoria para auxiliar executivos na conquista de posições de alta liderança.

 Sobre o Grupo Bridge

Com 24 anos de atuação, o Grupo Bridge é uma empresa de soluções em desenvolvimento humano que atua fortemente na prestação de serviços de consultoria para empresas de diferentes segmentos utilizando metodologia autoral pautada por três principais autores: Jacob Levy Moreno, Paulo Freire e Humberto Maturana. Fruto de uma parceria entre Celso Braga e Sérgio Cruz, ambos psicólogos e especialistas no comportamento humano, o Grupo Bridge apresenta como principal atuação o desenvolvimento de lideranças, das relações entre as pessoas e da cultura das organizações. Em 2018 a empresa reposicionou o seu negócio através de quatro submarcas: Bridge (consultoria para empresas, que existe desde 1995), X.Five (desenvolvimento de pessoas), Bridge 36,5º (responsabilidade social), e IBEX- Innovation Bridge Experience (experiências, eventos e publicações de inovação).

A organização conta com mais de 30 colaboradores e atende empresas como Bradesco, Bosch, Bayer, Cielo, Porto Seguro, Raízen, Volvo, Hospital BP, entre outras.

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