* Por Laura Porto, Administradora, Escritora e Mentora Organizacional
A vida acontece, nasce-se e morre-se todos os dias…
Mas o que existe no meio desse processo é o que nos faz sentir o esboço do que é viver.
Perde-se peso, perde-se a hora, perde-se o sono, perde-se o voo, a disposição, o gozo, o colágeno, as pessoas, o respeito e a felicidade – e as tristezas também.
Perder faz parte constante do dia a dia. Quando o sol se põe e a noite chega, perdeu-se o dia; quando o sol nasce, perdeu-se a noite que passou…
E assim, através de todos os dias e todas as noites, nos perdemos…
Perdemos o que foi e o que fizemos…
Perdemos a forma de ontem e o que realizamos…
Perdemos puramente o nosso existir…
Perdemos para nunca mais possuir…
A vida é uma constante perda diária e contínua de fortunas, de risos e de alegrias.
A vida que vivemos se perde em cada recomeço, em cada olhar e em cada desespero!
A vida que vivemos se perde no tempo e pelo tempo!
A perda é nossa essência nata de sobrevivência. A perda é um processo silencioso e sutil. E que bom que perdemos, porque um dia tivemos. Que bom que perdemos o que um dia sorrimos. Que bom que perdemos, porque perder o que temos é prova de que vivemos e tivemos. Que bom que a perda é certeza de conquista!
Mas o que não admitimos que perdemos? A postura, os amores, o dinheiro, a soberania, o poder, a felicidade, os amigos e a família.
O que precisamos admitir que perdemos? O ontem e tudo o que ficou pra traz!
O que precisamos entender que perdermos? Absolutamente tudo o que vivemos!