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Poesia S.A

De que vale o sono

2 Mins read
  • Por Laura Porto, Administradora, Escritora e Mentora Organizacional

De que vale a sono das pressas do asfalto?
De que vale a relva sem o anoitecer?
De que vale o sol sem o calor?
De que vale a chuva sem o molhado?
De que vale o sono?

Sono, dormir, descansar… Pra quê? Clichê, mas é necessidade e luxo.
Nosso dia a dia parece envolto em calmaria.
Nosso dia parece ter apenas a aparência de vida.
Quando foi a última vez que você não fez nada na vida?
Quando foi a última vez que você se permitiu fazer nada em qualquer lugar, a qualquer hora?

Tirando o sono forçado, mandado e entoado, parece que não merecemos o verdadeiro sono nosso de cada dia.
Mas, de que vale o sono se ele não for relaxante, rejuvenescedor e reconstrutor?
De que vale acordar pra não dormir?
De que vale dormir para não acordar?

Vivemos o dia como se fosse eterno e para sempre…
Mas, pasmem, ele não é eterno e nem para sempre.
E é o que há entre o despertar e o fim do dia que realmente nos mantém vivos.
O sono!

De que vale o sono se a consciência estiver desfalecida e a vida evaporado?
De que vale o sono que energiza a forma de viver e ser?
De que vale o sono, se a mente permanece desperta?
De que vale sono pesado, se a consciência é mais pesada?
De que vale o sono leve se de leveza só resta o peso?

Mas vale o sono do esgotamento de vida.
Vale o sono para recuperar a energia, a força e a fé.
Vale o sono dos justos e até dos injustos.
Vale a sombra que refresca o dia.
Vale recomeçar a cada dia.

Porque o sono foi e já passou.
Lá vem o sono… Respirando, implorando por notícias.
Lá vem o sono… Reclamando prioridade, fadiga e possibilidades.
Lá vem o sono… Sozinho, lento e sugador.
Ignorando qualquer prioridade, falta ou necessidade.
Lá vem o sono… Rei, rainha e nada de súditos.
Lá vem o sono… Pairando no ar, na falta e na fadiga.
Lá vem o sono… Como se fosse o salvador, e é! Salvador da dor, do amor, da festa e da orgia.

Lá vem o sono, sozinho, curando o que for preciso.
Tão soberano, alicerce de jovens, idosos, homens e mulheres.

Ah, coitado de quem perde o sono!
Quem ganha o sonho, tem o privilégio de apreciar, amar e desfrutar.
Lá vem o sono, que vale mais que uma fadiga.
De que vale o sono, no meio de tanta hipocrisia?

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