[radio_player id="1"]
Negócios

Especialista Nayara Peixoto critica falência da ressocialização penal no Brasil: “O Estado tem punido, mas não reeducado”

2 Mins read

O discurso da ressocialização ainda é amplamente usado pelo sistema penal brasileiro, mas para quem conhece de perto a realidade das prisões, ele não passa de uma promessa vazia. “O sistema está estruturado para punir e excluir. Fala-se em reintegração, mas o que vemos nas prisões é abandono institucional”, afirma Nayara Peixoto Vieira Vaz.

Advogada criminalista, especialista em execução penal, Nayara tem 32 anos e atua com foco na defesa dos direitos humanos. Com um olhar crítico sobre a lógica punitiva vigente, ela acompanha de perto o cotidiano das penitenciárias e denuncia o descompasso entre o que está previsto na legislação e o que efetivamente é praticado. “As unidades prisionais, em sua maioria, não oferecem condições mínimas de dignidade. A superlotação, a ausência de atividades educativas e laborais, a precariedade no atendimento à saúde e a omissão do Estado são incompatíveis com qualquer projeto sério de reabilitação”, afirma.

Conheça mais sobre a especialista no Instagram: https://www.instagram.com/dra.nayarapeixoto?

Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que o Brasil ultrapassou a marca de 800 mil pessoas privadas de liberdade. Desse total, cerca de 40% ainda aguardam julgamento. A superlotação carcerária, somada à ausência de políticas públicas voltadas à educação e ao trabalho dentro das prisões, torna a ressocialização um ideal cada vez mais distante. “Estamos prendendo muito e ressocializando quase nada. E isso tem um custo: a reincidência e o fortalecimento do ciclo da violência”, diz Nayara.

Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) indicam que cerca de 70% dos egressos do sistema voltam a cometer crimes. Para Nayara, essa estatística revela o fracasso do modelo atual, que se mantém operando na lógica do encarceramento em massa, sem oferecer alternativas reais para a reconstrução de vida dos apenados. “A prisão, da forma como é executada hoje, não recupera. Ela agrava. Ela isola, empobrece e marginaliza ainda mais”, afirma.

Ela defende que a responsabilização pelo crime não pode ser dissociada da garantia de direitos básicos. “Ressocializar não é apenas um termo técnico, é uma escolha política. Requer estrutura, investimento e um compromisso real com a dignidade humana. Enquanto isso não for prioridade, o sistema penal continuará falhando na sua missão mais básica: transformar vidas e permitir que elas voltem à sociedade com chances reais de recomeço.”

Acesse informações sobre a especialista no TikTok: https://www.tiktok.com/@nayarapeixoto.adv

Related posts
Negócios

Berry anuncia expansão internacional e mira EUA e Chile em 2025

2 Mins read
Estratégia reforça o compromisso da empresa em impulsionar negócios de forma global, mantendo um modelo de consultoria 100% online e altamente escalável…
Negócios

FI Group anuncia acordo para sua integração à empresa francesa EPSA e consolida liderança global em fomento à inovação

4 Mins read
– Com a transação, que amplia significativamente a unidade global de negócios dedicada ao fomento à inovação, a companhia projeta uma receita…
Negócios

O preço oculto do sistema 'só-paga-se-vender': taxas que afetam o lucro e crescimento das PMEs

3 Mins read
Por André Cruz, CEO da Digital Manager Guru* O panorama empresarial brasileiro não é fácil para nenhuma empresa, mas é ainda mais difícil para…
Fique por dentro das novidades

[wpforms id="39603"]

Se inscrevendo em nossa newsletter você ganha benefícios surpreendentes.