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Personalidade

Conheça a história por trás da mineira Haskell

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A  presidente e fundadora Ana Márcia Sena detalha como transformou seu sonho em uma das maiores empresas de cosméticos do Brasil e se tornou uma grande empreendedora

POR: Paula Regufe – Communication Manager

Para a mineira Haskell, os significados da palavra Mulher circulam entre força, superação, criatividade e autoestima. A marca, que nasceu da vontade de fazer diferente e ir além, hoje emprega mais de 4 mil pessoas espalhadas pelo mundo, mais precisamente em 15 países, e se consolidou no mercado nacional detendo a fabricação de meia tonelada diária de produtos.

Ana Márcia Sena é o nome da mulher e presidente responsável pelo império em que a Haskell se tornou. Aliás, o nome de origem polonesa significa ‘Poder de Deus’ e foi escolhido por uma das filhas durante a leitura de um extenso livro de nomes.  Por trás desse sucesso existe muito trabalho e paixão pela beleza e pelas pessoas. Ana Márcia e Haskell, juntos, se tornaram referência no mercado de cosméticos capilares naturais e nem durante a crise que atravessou o país, a mineira parou de crescer.

A história começa lá em 1997, na pequena Viçosa, cidade localizada na zona da mata de Minas Gerais, mais precisamente no Salão Morena. Nessa época, Ana Márcia era cabeleireira e dona do salão, onde trabalhava sempre até muito tarde, quase todos os finais de semana, sem pausa, e com pouco tempo para os 5 filhos.

A vontade de estar um pouco mais próxima deles, que ainda eram pequenos, fez com que a empreendedora arrumasse uma suposta alternativa: vender produtos de beleza, idealizados por ela mesma, como uma forma de arrecadar uma renda extra, sem abdicar da vida pessoal ao lado da família.

Desde então, Ana abriu suas duas primeiras lojas de cosméticos, e também se tornou distribuidora de uma marca. Apesar das vendas serem boas, um problema que atinge a grande parte dos pequenos empresários bateu à sua porta: o alto custo para manter funcionários e uma loja. Chegou a recorrer à empréstimos de bancos, mas não funcionou. Ana se endividou e não conseguiu pagar, o que levou a mineira a fechar seu comércio e parar imediatamente a distribuição.

“Ali, vi que que minha única saída era não desistir e trabalhar mais. E foi o que eu fiz”, relembra a Presidente.

Além de um faro poderoso para tendências e inovações, Ana percebeu uma brecha no mercado de cosméticos capilares: o uso de ativos naturais, de alta qualidade e com preços acessíveis. E acertou em cheio. Reservou um pequeno cômodo em sua casa e iniciou uma produção própria, com vendas apenas em seu salão. Seu objetivo no início era ter produtos de fabricação própria para utilizar em suas clientes de Viçosa, otimizando assim seus gastos com cosméticos. Quando a questionavam ela dizia: “Vou fazer shampoo para lavar Viçosa inteira’’.

“Busquei químicos que me ensinaram sobre formulação de procedimentos. Aos poucos fui tornando meus produtos conhecidos entre minhas clientes e o retorno que eu tanto esperava aconteceu no ano 2000, quando criei oficialmente a empresa Haskell (se fala Rásquel) e nos tornamos uma indústria’’, dispara Ana Márcia.

O primeiro grande destaque foi a Linha MANDIOCA, uma inovação da marca que logo ganhou destaque por todo o Brasil e a fez  ser reconhecida nacionalmente.

“Eu tinha um sonho, e queria chegar longe. Então investi na escolha dos ativos e na inovação, além de muito foco. Somamos isso aos investimentos de capacitação dos colaboradores, alta tecnologia, segurança e principalmente respeito ao meio ambiente. E esse alto padrão de qualidade da Haskell continua crescendo e fazendo a grande diferença na hora de oferecer o que há de mais avançado no universo da cosmética natural”, complementa.

Além de incentivar a auto-estima e levar beleza para diversas partes do mundo, o compromisso de fazer a diferença com o local onde tudo começou não parou por ali. Uma das principais missões da gigante mineira é a dedicação à projetos sociais, a valorização de seus colaboradores e a contribuição para um meio ambiente melhor. “Se não conseguimos fazer a diferença na nossa casa, vamos conseguir fazer fora? Por isso, começamos por aqui’’.

A Haskell não gera apenas empregos, proporciona qualidade de vida para essas pessoas.  Claro que no futuro queremos ampliar nossa expansão, muita coisa precisa ser feita e será. Mas acredito que se cada empresa abraçasse uma causa, o mundo poderia melhorar”, detalha a mineira.

Atualmente a Haskell possui 30 linhas com diferentes funções, dentre tratamentos, hidratação, nutrição, coloração, reconstrução, modelagem e reparação. Durante a forte crise que o Brasil enfrentou em 2017 e 2018, a empresa cresceu muito, contrariando o momento do mercado e diferente do cenário de beleza no país, acelerou as turbinas e atualmente produz meia tonelada de produtos por dia, possui sua própria frota de caminhões e conta com um parque industrial de 35 mil m². Dentre muitos sucessos e pioneirismo, algumas linhas merecem destaque, como a “Cavalo Forte”, que revolucionou o mercado de tratamentos capilares em 2015. E Ana Márcia, que na época se esforçava para entrar em grandes redes, acertou em cheio e chegou a mais pontos de venda ainda por todo país.

“Era muito difícil ter abertura com os grandes empresários do ramo, para mostrar que a Haskell era boa o suficiente para estar nasgôndolas de suas lojas. At é que o boca a boca das pessoas buscando pelo shampoo da Cavalo Forte fez com que olhassem para nós com atenção, afinal, nossos produtos estavam sendo muito solicitados. Temos um público fiel, e somos apaixonados pelos nossos consumidores’’, conta Ana.

Hoje a Haskell está entre as principais empresas de empreendedorismo que deram muito certo, com mulheres em lideranças e que mudaram suas histórias e a de outras centenas de pessoas. “Nunca vamos parar, queremos levar beleza e autoestima ao mundo inteiro. Nosso dom é fazer as pessoas mais felizes e bem com elas mesmas”, finaliza Ana Márcia.

A marca valoriza os projetos culturais locais e participa diretamente de alguns, como o grupo Pérolas Negras, grupo Impacto de dança por exemplo. Sobre o primeiro, Ana Márcia complementa: “O projeto Pérolas Negras visibiliza a importância do empoderamento identitário como avanço na produtividade educacional e socioemocional de meninas e mulheres de bairros periféricos de Viçosa/MG. Por meio de atividades de recuperação e valorização da autoestima em sua Casa Cultural, as Pérolas Negras são incentivadas a manifestarem percepções sobre sua localização na sociedade e a agirem a partir dela. O propósito é resgatar direitos fundamentais, como a vida, a liberdade e a igualdade.”

Já o Grupo Impacto de Dança tem o objetivo de pesquisar e desenvolver a arte vinda das ruas. Composto por jovens de comunidades com alto nível de vulnerabilidade social, o projeto busca alcançar um novo contexto para seus bailarinos por meio da profissionalização artística. O Impacto realizou em 2018 sua primeira turnê internacional, passando pela Holanda e Bélgica, onde foram aclamados pela crítica local.

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