- Por Laura Porto, Administradora, Escritora e Mentora Organizacional
A compaixão não é medida pela quantidade de coisas que você pensa ou faz. Ela não se define pela disponibilidade em ajudar ou em se colocar à disposição do outro.
A compaixão é medida, individualmente, pelo que cada um sente e vive desse sentimento.
Não pode ser comparada, estereotipada ou então reformulada.
A compaixão é, acima de tudo, emoção e sentimento. Não importa a intensidade, nem a forma como ela se manifesta em ações.
O maior benefício da compaixão não é para quem recebe esse ato ou sentimento, mas para quem sente e o vivencia em sua totalidade.
É fácil sentir compaixão por aquilo que é politicamente correto. É fácil tê-la por pessoas e situações que todos consideram dignas de compaixão.
O que é desafiador é sentir compaixão por algo ou alguém que está fora dos padrões “normais” de ser digno de compaixão.
O desafiador é ter compaixão com o que você discorda, que lhe irrita e, incansavelmente, vai contra os seus valores.
A compaixão supre vazios, extrai o melhor de cada um. Ela é quase uma droga que, quando sentida, entorpece por horas.
A compaixão renova, fortalece, purifica. Lava limpa, com água sanitária, qualquer resíduo de sujeira emocional.
A compaixão é mágica.
A mágica da compaixão, essa “droga” que nos embriaga por dias, nos salva de nós mesmos.
Falando em nós mesmos, quando foi a última vez que você teve compaixão por si mesmo?
Pelas suas fraquezas, pelos seus erros, pelos seus fracassos e até pelas suas tolices?
Quando foi que você se permitiu errar e teve compaixão pelos próprios erros?
Ah, como é fácil ter compaixão pelo outro. Chega a ser menos complicado sentir compaixão até por aquilo que você não gosta.
É fácil…
O difícil mesmo é ter compaixão por si mesmo, por quem você é, pelo que tentou ser e pelo que tentou acertar.
A compaixão é, de fato, linda e soberana, mas se torna extraordinária pelo que pode fazer por você mesmo.