* Por Laura Porto
A necessidade humana de ter e ser faz com que pessoas passem por cima de outras pessoas, valores, família e sentimentos.
A sede por sucesso, poder e riqueza tira de órbita os valores humanos, transformando nossa sociedade em um precipício tortuoso e sangrento.
O que é vantagem? Por que tirar vantagens? Pra que ter tais vantagens?
Poderíamos filosofar por horas e horas…, mas me atenho a dizer que nós, pobres seres humanos, temos uma capacidade incrível de querer estar à frente.
À frente de tudo e de todos.
Por cima de tudo e de todos.
O fato é claro: estamos diante de uma nova geração, um tanto mais egoísta, mas essencialmente mais atenta aos desmandos dos oportunistas.
Somos a maioria. Existem cada vez mais pessoas menos ingênuas e determinadas a não permitir que os oportunistas se apoderem de seus corpos, pensamentos e escolhas.
Subestimar a inteligência alheia é cruel e irritante.
Aproveitar-se da desgraça alheia é insano, devastador e ultrapassado.
Hoje viemos em um mundo dinâmico e com todas as informações possíveis; subestimar o óbvio é uma sentença demoníaca.
É preciso entender a nova dinâmica do mundo e escolher uma forma mais digna de estar nesse planeta.
Todos somos sobreviventes dessa vida exaustiva e de suas exigências.
Não precisamos necessariamente esperar no alto do morro, esperando que os outros morram, que os outros desistam e que o fugaz chegue do céu.
É preciso coragem para viver, ser e derrotar os oportunistas.
Os reis das vantagens acreditam e alucinam que os tolos não sabem que estão sendo sugados, que o óbvio não é tão óbvio.
Chegará um momento que o incômodo de ser feito de tolo explodirá, e então os oportunistas serão expostos.
Que cada um faça a sua parte: cuide para não ser manipulado pelos oportunistas e imponha os limites do óbvio em sua própria história.
É preciso coragem, é preciso parar os oportunistas, é preciso se impor.