Redução e até mesmo devoluções de salas comerciais aumenta procura por parte de profissionais que não conseguem atuar via home-office
POR: Agencia Deadline
Diminuição de custos, necessidade de um endereço comercial, networking ou até mesmo impossibilidade do trabalho home-office. Os motivos são diversos e apontavam um crescimento constante do mercado de coworking no Brasil entre empresas e profissionais autônomos, desde o ano de 2011, quando os primeiros espaços começaram a surgir. De lá pra cá são mais de 1.497 espaços, espalhados pelo Brasil, com exceção de Roraima, segundo levantamento mais recente do Censo Coworking Brasil 2019 onde São Paulo assume a dianteira com cerca de 388 modelos de escritórios compartilhados.
Durante o confinamento praticamente todas as empresas foram forçadas a adotar algum tipo de trabalho remoto. Segundo pesquisa da Capterra, da consultoria Gartner, 55% das pequenas empresas brasileiras não adotavam nenhum tipo de trabalho remoto antes da pandemia. Outro dado importante menciona que 49% dos equipamentos utilizados para a função home-based por parte dos colaboradores são dos próprios profissionais. Com isso, a procura por espaços compartilhados tornou-se uma alternativa mais viável para empresas e autônomos que necessitam de um espaço para atuarem e nem sempre contam com uma estrutura adequada para a prática. De acordo com o Censo Coworking Brasil o perfil dos integrantes aponta que mais de 60% dos frequentadores tiveram melhora na saúde, vida social e produtividade e 66% não trocariam o espaço compartilhado por um privado mesmo se o custo fosse similar.
Mesmo com previsões nada animadoras no começo do isolamento e um forte abalo no faturamento no mercado de coworkings o futuro se mostra animador. Segundo última pesquisa feita pela Coworking Brasil 75% dos empresários do setor estão otimistas em relação ao futuro desse segmento. Como é o caso de Cássia Buratto, fundadora da Buratto Consultórios, rede de franquias de espaços compartilhados para profissionais da saúde. “Percebemos uma procura muito grande, já que o segmento não parou e ele não pode ser operado home-office. Nosso grande diferencial é minimizar ao máximo os gastos, pois, o profissional precisa apenas de seus equipamentos para iniciar, alugamos por hora, oferecemos um sistema completo para agendamento, consultas por telemedicina e controle financeiro”.