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Aprendizados que todo CEO deve saber sobre a nova cadeia de suprimentos

4 Mins read
* Por Adriano da Silva Santos
As interrupções inesperadas nas cadeias de suprimentos devido à epidemia de Covid-19 aconteceram muito rapidamente, quase que instantaneamente após o surto começar em São Paulo – cidade na qual teve o primeiro caso do Brasil – as empresas tiveram que praticamente mudar por completo suas dinâmicas de trabalho e logística. Durante esse período, o que se viu por parte de alguns fabricantes foi que, em sua grande maioria, tiveram dificuldades em encontrar fornecedores alternativos para manter suas fábricas funcionando.
Na época de paralisação inicial, houve um levantamento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), no qual apontou que em seus estágios inicias, 92% dos transportadores acreditavam que teriam sua logística comprometida, sendo que mais de 70% destas empresas apontavam previsão de queda na demanda desde o primeiro mês das medidas de isolamento social. Esses dados demonstram que as empresas de logística não estavam preparadas para tamanho fenômeno e agora, com a volta da aceleração do mercado, mudanças devem ocorrer visando uma implementação de modelos mais voltados à logística 4.0.
Presentemente, pode-se dizer que a fase mais aguda da pandemia já passou e neste momento, existe um alinhamento de planejando para a recuperação, onde os CEOs precisam dar uma longa e dura olhada em seus empreendimentos, na confiabilidade de seus negócios e principalmente, nos riscos gerados a partir da manutenção da cadeia de suprimentos. Para que isso seja bem elaborado, há algumas mudanças que podem ser empregadas para melhor administrar esse processo:
Inteligência artificial no desempenho da cadeia de suprimentos
As empresas que sofreram uma escassez de matérias-primas ou peças devido à crise epidemiológica perceberam o quão caro isso poderia ser. Melhorar a capacidade de analisar dados internos e fontes externas de big data pode ajudar as empresas a ficar à frente das interrupções da cadeia de suprimentos. Aproveitar a inteligência artificial e o aprendizado de máquina para ferramentas de análise preditiva e prescritiva permite o uso de cenários de risco de modelos e tecnologias de alerta precoce para desenvolver respostas. Por exemplo, em caso de desastre natural, ferramentas digitais podem ajudar a prever quais fornecedores, plantas e centros de distribuição provavelmente sofrerão danos para que as empresas possam elaborar planos de contingência e realocar o inventário.
Aumente a flexibilidade na busca de resiliência
As transformações ocorridas colocaram em evidência as empresas que já tinham linhas de produção flexíveis. Fabricantes de artigos de luxo em países como França e Itália poderiam revisar suas operações para fazer equipamentos médicos urgentemente necessários e desinfetantes para as mãos. Reagir rapidamente às interrupções requer um ecossistema flexível de fornecedores e parceiros que possam lidar com deficiências inesperadas e até mesmo produzir novos produtos.
Indústrias com cadeias de suprimentos flexíveis podem expandir sua capacidade de produção otimizando as operações. A título de exemplo, uma cadeia de suprimentos altamente flexível pode atender à demanda do cliente por personalização. Hoje, os clientes podem projetar um único produto on-line e entregá-lo em um curto espaço de tempo.
Expansão de dados para melhorar a visibilidade
Em meados de 2020 e 2021, os fabricantes começaram a exigir mais visibilidade nas cadeias de suprimentos de seus fornecedores, visto que a segurança estava amplamente comprometida e as entregas, em alguns setores, desalinhadas. A partir desse ponto, muitos estabelecimentos aproveitaram dados em toda a cadeia de suprimentos para dar mais visibilidade em tempo real, em uma variedade de diferentes áreas, como finanças, demanda, capacidade, oferta e inventário de um modo geral.
A capacidade de utilizar essas informações momentaneamente significa entender quais dados são mais críticos, o que ele significa e propor soluções inovadoras mediante a isso. Os CEOs que puderam gerenciar proativamente exceções antes que elas acontecessem, economizam tempo e dinheiro enquanto mantiveram os seus clientes felizes. Inclusive, existem relatos de empresas que lucraram com a implementação dessas novas estratégias logísticas em outros setores de concorrência.
Quebrar silos de comunicação
Talvez, a lição mais importante que a pandemia nos trouxe esteja ligada à comunicação. Para as cadeias de suprimentos, ficou claro a importância de quebrar silos comunicacionais. Para se ter uma ideia, existem diferentes departamentos que podem ter fragmentos de dados relacionados à mesma transação. Com tantos documentos necessários para uma única remessa, pode haver muitas razões para atrasos quando todos eles estão localizados em diferentes departamentos.
As equipes de produção podem manter os dados do pedido, os oficiais legais podem manter contratos e os gerentes logísticos podem ter os detalhes do frete. Plataformas colaborativas, ferramentas e aplicativos da cadeia de suprimentos baseadas em nuvem podem ajudar a impulsionar o compartilhamento de informações e a tomada de decisões. O ambiente digital atual requer uma abordagem colaborativa para gerenciar uma cadeia de suprimentos. Portanto, é de extrema urgência o desenvolvimento de um ecossistema que integre as capacidades de cada colaborador.

Por fim, o mercado como um todo está realocando partes de suas cadeias de suprimentos, enquanto as poucas engatinham para esse procedimento. Tende-se ter em mente que qualquer mudança inovadora no setor, oferece a oportunidade de fazer algumas melhorias na estratégia geral. Como parte da mudança, os CEOs devem revisitar as suposições que sustentavam seus processos originais. Muitas vezes é um desafio para empreendimentos com linhas de produção existentes que estão totalmente depreciadas para investir em plantas e equipamentos mais novos e competitivos, contudo, a nova era já chegou e com elas, novidades estão chegando e em um piscar de olhos, chegou.

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INFORMAÇÕES DE CONTATO

Adriano da Silva Santos é um jornalista e escritor, formado na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Reconhecido pelos prêmios de Excelência em webjornalismo e jornalismo impresso, é comentarista do podcast “Abaixa a Bola” e colunista de editorias de criptomoedas, economia, investimentos, sustentabilidade e tecnologia voltada à medicina.

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