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Baixa testosterona? Entenda como controlar este hormônio

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Por Izabelle Gindri, cientista, Farmacêutica PhD em Engenharia Biomédica, cofundadora e CEO da bio meds Brasil, fabricante de pellets absorvíveis

A testosterona não está apenas relacionada a músculos e desejo sexual, como a maioria das pessoas pensam. Níveis baixos de testosterona, considerando a faixa fisiológica, pode não ser muito benéfico para o homem. A testosterona é o principal hormônio masculino, sendo responsável por características como crescimento da barba, engrossamento da voz ou aumento da massa muscular. Embora seja considerado um hormônio masculino, a testosterona também está presente nas mulheres, mas em menor quantidade.

Entre os 40 e 50 anos de idade é comum haver diminuição na produção de testosterona, o que caracteriza a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM) na, que é semelhante à menopausa das mulheres. 

Entre os principais sinais da baixa testosterona nos homens estão a diminuição da libido, menor desempenho sexual, depressão, diminuição da massa muscular, aumento da gordura corporal e diminuição da barba e perda de pelos no geral. Além da disfunção sexual, a baixa testosterona em homens também pode causar problemas como osteopenia, osteoporose. A diminuição da produção hormonal é comum e ocorre especialmente com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, quando o homem fuma, está acima do peso ou tem diabetes.

No entanto, é importante buscar alternativas que estimulem a produção desse hormônio, como a prática de atividade física, principalmente musculação, aumento do consumo de alimentos ricos em zinco, vitamina A e D, boa noite de sono e adequação do peso corporal. A reposição hormonal visa equilibrar os níveis de hormônios diminuídos nesse período. Muito se tem discutido sobre a terapia hormonal com implantes subcutâneos, que são aplicados sob a pele do paciente. A forma de reposição via implantes subcutâneos tem se demonstrado eficaz e segura, sendo utilizada há mais de 50 anos nos Estados Unidos e Europa.  

Por meio da via de aplicação característica dos implantes subcutâneos, as substâncias são liberadas na corrente sanguínea de forma gradual e controlada desde o momento da implantação, podendo manter a terapia de reposição continuamente de 3 e 6 meses sem nenhuma intervenção médica adicional. Dessa forma, os níveis hormonais podem ser mantidos dentro dos limites fisiológicos, sem a variação da dose que ocorre quando se tem que aplicar a substância de forma recorrente todos os dias ou semanalmente. O principal benefício é a diminuição dos efeitos colaterais envolvidos com a utilização dos hormônios, os quais ocorrem quando a dose passa do limite costumeiramente reconhecido pelo organismo do homem.  

A aplicação dos implantes subcutâneos é um procedimento ambulatorial feito por profissionais médicos treinados e capacitados para uma implantação segura. Após a aplicação, não é necessário realizar a remoção dos implantes, pois eles são completamente absorvidos pelo organismo.

No Brasil, criou-se uma denominação completamente dissociada da terapia originalmente proposta com os implantes, o termo `chip da beleza`, colocando em segundo plano a nomenclatura e a conceituação correta dos produtos que são formas sólidas de medicamentos manipulados para ser administrados pela via subcutânea ao invés da via oral ou intramuscular. 

A ideia de chip da beleza surgiu do fato de que, uma vez re-equilibrados os níveis hormonais fisiológicos em pacientes que apresentavam distúrbios hormonais atingem uma condição fisiológica que lhes devolve capacidades antes diminuídas como energia, ânimo, vontade o que, consequentemente permite que passem a desempenhar funções antes abandonadas como exercícios físicos, cuidados pessoais, refletindo em sua saúde física e mental.

Este reflexo, erroneamente reduzido à `beleza`, somado ao fato de que a forma sólida é colocada sob a pele, motivou o apelido de `chip da beleza`, o qual não representa a tecnologia de fabricantes do mercado. Essa nomenclatura fantasiosa de “chip da beleza” desqualifica o conceito terapêutico originalmente desenvolvido nos EUA, sendo que lá a nomenclatura adotada é simplesmente ´hormone pellet therapy`.

A terapia de reposição hormonal com testosterona é segura e eficaz. Os benefícios incluem melhora da saúde sexual, óssea, muscular, emocional e melhora da atividade cardíaca. O acompanhamento médico desse tratamento é muito importante para a melhora da qualidade de vida do homem através do controle exato de dosagens de forma individualizada.

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