POR: RS Comunicação
Estamos em abril, mês em que se comemora no dia 14, o Dia Mundial do Café e no domingo 21, a Páscoa. O café e o chocolate afetam diretamente o humor das pessoas, e o sono sofre com a interferência de mudanças na dieta. A cirurgiã e especialista em distúrbios do sono do Hospital São Vicente, Dra. Danielle Salvati de Campos Malaquias alerta que tanto a quantidade como a qualidade do sono podem ser afetadas com essas delícias.
Com a proximidade destas datas comemorativas, podemos rever o efeito deles no organismo. O café é uma das bebidas mais populares no mundo e é consumido diariamente por muitas pessoas, que buscam seu efeito estimulante. O principal componente psicoativo do café é sem dúvida alguma a cafeína – 1,3,7 trimetilxantina.
É importante falar como a cafeína age e como ela pode atrapalhar o sono. É muito simples, o café é uma metilxantina – que são pseudoalcalóides com alto poder estimulador do sistema nervoso central, encontradas principalmente no café, chá e cacau.
A cafeína age como um antagonista da adenosina, um neuromodulador, substância essencial para o sono. O acúmulo de adenosina no sistema nervoso é um dos mecanismos que nos ajuda a iniciar o sono. Assim, o café age bloqueando o efeito da adenosina, ou seja, promovendo o estado de vigília. Por ser uma substância rapidamente absorvida, e apesar de não se acumular diariamente, a cafeína apresenta um tempo de ação longo de 5 a 8 horas no organismo e por isso mesmo ela pode atrasar o início e diminuir a fase profunda do sono.
Os efeitos do consumo de café dependem da quantidade e qualidade dos compostos químicos ingeridos. Para um consumo moderado, as pessoas devem ingerir de 3 a 5 doses diárias de café – aproximadamente 150 – 300 mg cafeína por dia. O café descafeinado, mesmo com menos cafeína, pode sim atrapalhar o sono.
Mas engana-se quem acha que a cafeína está presente apenas no café. Diversas outras bebidas também apresentam cafeína em suas fórmulas: como refrigerantes à base de cafeína, guaraná, chá preto, chá verde, energéticos, bebidas achocolatadas e chimarrão. Em diversos estudos, verificou-se que a ansiedade causada pela ingestão de cafeína é mais marcada em indivíduos normalmente ansiosos ou que apresentam doenças psiquiátricas como a síndrome do pânico. Então a orientação geral é que o café seja ingerido até às 15h para que não atrapalhe o sono.
E o chocolate também é considerado vilão – tem em sua composição: feniletilamina, ácido oxálico, teobromina, cafeína entre outros. E apesar de trazer bem-estar e despertar nossas papilas gustativas, o chocolate pode sim trazer um efeito negativo ao sono. A teobromina é uma metilxantina, o mesmo presente no café, é estimulante do sistema nervoso central.
Tanto a cafeína como a teobromina encontradas no chocolate atrapalham a qualidade do sono, retardando seu início. Também podem aumentar a secreção gástrica favorecendo o refluxo, o que leva ao desconforto noturno e despertares.
Para uma base comparativa, uma barra de chocolate ao leite pode conter três vezes mais cafeína que uma xícara de café descafeinado. E no chocolate amargo esse índice aumenta ainda mais.
Para quem quiser evitar a cafeína, a opção seria o chocolate branco, que não contém teobromina e tem quantidades irrisórias de cafeína. “Então como orientação para a Páscoa, é que o consumo de chocolate, principalmente entre as crianças, não aconteça à noite, ou antes, de dormir. Ou então, optar pelos chocolates brancos”, diz Danielle.
“Vale lembrar ainda que é na infância que se estabelecem os hábitos alimentares saudáveis ou prejudiciais. E que o consumo exagerado de chocolate, por ser um alimento altamente calórico, favorece a obesidade, que por sua vez, leva a distúrbios respiratórios do sono com ronco e apneia do sono”, finaliza.
Sobre o Hospital São Vicente-Funef
Fundado em 1939, o Hospital São Vicente é referência no transplante de fígado e rim, e nas áreas de Oncologia e Cirurgia. De alta complexidade, atende diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, sempre com foco na qualidade e no tratamento humanizado. Desde 2002, a instituição é gerida pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (Funef).
Sua estrutura conta com Pronto Atendimento, Centro Médico, Centro Cirúrgico, Exames, UTI, Unidades de Internação e Centro de Especialidades. O programa de Residência Médica é credenciado pelo MEC nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.
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