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Finanças

Com Selic a 12,75%, educadora financeira alerta sobre compras a prazo

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Para Aline Soaper, famílias precisam ter cautela com parcelamento de bens e serviços

POR: Carolina Lara

Seja pela alta da inflação, que reduziu o poder de compra dos brasileiros, ou pelo desemprego, o fato é que as famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas como agora. Cenário que é corroborado pelos dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta que o endividamento das famílias brasileiras, no mês de abril, foi de 77,7%. Diante desse panorama, o parcelamento de bens e serviços tem se mostrado uma alternativa para fazer a conta fechar no fim do mês ou para quem teve algum imprevisto. Contudo, a educadora financeira Aline Soaper alerta que com alta dos juros, é preciso cautela na hora de fazer uma dívida a longo prazo. Isso porque a Selic subiu para 12,75% neste mês de maio, taxa de juros que, no ano passado, esteve em 3,5%, no mesmo período. A expectativa do mercado financeiro é que o Banco Central, em junho informe uma alta de 0,5%, e após isso a taxa fique estável até o final do ano.

“Com juros altos, o cuidado para não se endividar é ainda maior. Contrair dívidas de parcelamentos, seja em boletos ou cartão de crédito, pode ter um efeito bola de neve. O ideal é manter as contas em dia e evitar novas compras a prazo. Se você tem um bom controle financeiro, pode tentar arriscar-se no parcelamento sem juros, usando dinheiro que tenha guardado investido, para ir pagando as parcelas. Mas não podemos esquecer que imprevistos podem acontecer, e você pode ter que usar aquele dinheiro investido para alguma necessidade de última hora. Por isso, a orientação é evitar parcelamentos a longo prazo, principalmente de bens de consumo que podem ser pagos à vista”, explica a educadora financeira à frente do Instituto Soaper, responsável pela formação e capacitação de mais de 6 mil brasileiros em todo país.

Ainda segundo Soaper, o ideal é tentar planejar a compra de produtos ou a contratação de serviços. “Vivemos em uma “cultura” de consumo imediato, onde precisamos adquirir itens ou serviços naquele momento e para isso, acabamos recorrendo ao pagamento a prazo”, acrescenta Aline. Não à toa, um levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra exatamente esse cenário. Os dados divulgados no final de 2021 revelam que entre os itens mais adquiridos, em compras a prazo, estão os eletrodomésticos (60%) e artigos de vestuário (52%). Além disso, a pesquisa também revelou que aproximadamente 62,3 milhões de brasileiros tinham contas parceladas.

“Se programar é fundamental nesses tempos de juros altos. Exemplificando: se você tem dinheiro para comprar um sapato, compre apenas um. Ao invés de comprar mais itens e acabar caindo em um parcelamento. Outra estratégia é negociar descontos à vista. Se você receber 2% de desconto, já é o dobro do que a maioria dos investimentos rendem em um mês. Além disso, é 10 vezes menos do que os juros que as operadoras de cartão de crédito vão cobrar, se o pagamento estiver atrasado”, alerta Aline Soaper.

A educadora financeira também destaca que os consumidores devem ficar atentos com parcelamentos muito longos, por ser um grande risco de perda de controle financeiro e de acúmulo de dívidas feitas a prazo. “Você pode comprometer uma grande parte dos seus recursos com parcelas acumuladas, perder a qualidade de vida da família e acabar entrando em um ciclo de endividamento. Mesmo que o parcelamento seja sem juros, não se engane, ele está incluído no valor das parcelas. Lembre-se que todo dinheiro tem um custo e atualmente esse custo está mais caro”, ressalta.

Mas afinal, existem benefícios no parcelamento?
“Em alguns casos, sim, como o uso do crédito para começar o próprio negócio ou fazer uma capacitação profissional. Nessas situações, o parcelamento será necessário para gerar aumento de renda. Contudo, em momentos de juros altos, quem tem dinheiro ganha mais e quem usa empréstimo paga mais caro. O ideal é preparar-se para aumentar sua renda e estar ao lado de quem investe para ganhar mais com a alta dos juros e não para se endividar mais”, esclarece a educadora financeira Alien Soaper.
Sobre Aline Soaper:
Fundadora do Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal (Efinc), Aline Soaper é formada em Direito, com pós-graduação em Direção e Orientação Educacional. Há sete anos, a carioca atua como educadora financeira e formadora de outros especialistas nesta área. Empreendedora desde os 17 anos de idade, Aline era proprietária de uma esc

ola de Educação Infantil, no Rio de Janeiro, em que atendia cerca de 150 alunos e gerenciava uma equipe de 45 pessoas.

Ao perceber a dificuldade dos pais em pagar as mensalidades devido aos problemas financeiros, Aline decidiu mudar de vida e se especializar no ramo de finanças pessoais. No ano de 2015, iniciou sua atuação como educadora, oferecendo atendimentos individuais, palestras, treinamentos e cursos para o público-final (empresários, analistas etc). No final de 2018, conseguiu alavancar o Efinc, que hoje forma educadores financeiros e consultores de negócios pelo Brasil e o mundo.
Sobre o Instituto Soaper
Criado em 2014, o Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal (Efinc), nasceu do desejo da sua fundadora, Aline Soaper, de ajudar a transformar a vida profissional, pessoal e financeira dos brasileiros. Com sede no Rio de Janeiro e atuação 100% digital para o Brasil e o mundo, o Instituto se especializa na formação profissional e capacitação de educadores financeiros e consultores de negócios.

Atualmente, o Instituto Soaper conta com mais de 30 colaboradores, em mais de 7 estados e até consultores em Portugal. Com cursos básicos de formação financeira e especializações avançadas para diferentes nichos de mercado, o Efinc já formou mais de 6 mil educadores financeiros até o momento. Além da formação em “Coach Financeiro – Fincoach” e “Analista Comportamental — Mapper”, a Efinc também oferece a especialização “EfincKids”, para educadores financeiros de crianças e adolescentes. Já nos cursos de pós-graduação, a instituição prepara o aluno para orientar e mentorear pessoas que querem sair das dívidas, ter um planejamento financeiro, aprender a organizar as finanças pessoais e empresariais, investir, entre outros objetivos.

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