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Com Trump, “american dream” fica mais distante: entenda por que o “european dream” é a melhor saída

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Oferecendo políticas de abertura a estrangeiros, qualidade de vida e mobilidade, Europa se destaca como um destino mais acessível para quem busca uma carreira internacional

Em 20 de janeiro, o discurso começou a se transformar em realidade. Desde que assumiu o cargo de presidente dos EUA, Donald Trump colocou em prática uma série de medidas contra os imigrantes. Com isso, o “american dream” – o sonho americano que se baseia na crença de que o sucesso será alcançado com trabalho duro e honesto nos Estados Unidos– fica cada vez mais distante para quem deseja construir uma vida na terra do Tio Sam.

Como alternativa diante dessa nova realidade, Vinícius Zamperlini sugere o que chama de “European dream” como uma alternativa mais acessível e atrativa. Ele é especialista em expatriação e fundador do W.A.R., programa de mentoria voltado para brasileiros que desejam construir uma carreira internacional qualificada. 

“Enquanto os Estados Unidos se fecham cada vez mais, a Europa tem demonstrado abertura e flexibilidade quando o assunto é imigração. Países como Portugal e Irlanda têm implementado programas que facilitam a entrada de trabalhadores qualificados e incentivam a integração de estrangeiros em suas economias e sociedades”, explica. 

Segundo o Ministério de Relações Internacionais, em 2023, o número de expatriados brasileiros na Europa era de quase 1,5 milhão, sendo Portugal o destino mais procurado, com 513 mil brasileiros residentes. Mas “o caminho das pedras requer organização, foco e definição de metas. É preciso dedicação para alcançar nossos sonhos e essa não é uma exceção”, alerta Vinícius.

América nacionalista

Os decretos assinados por Trump em seus primeiros dias de Casa Branca têm uma abordagem protecionista, e cumprem promessas de políticas anti-imigração. Entre eles, destacam-se a declaração de emergência na fronteira sul, a proposta de extinguir a cidadania por nascimento para filhos de imigrantes e até mesmo deportações em massa. O primeiro voo de repatriação ao Brasil teve condições degradantes: em 24 de janeiro, 88 brasileiros foram transportados com mãos e pés algemados e a aeronave, que pousou em Manaus, apresentou problemas no ar-condicionado.

“As novas medidas não apenas dificultam a vida de quem planeja migrar para os Estados Unidos, mas também criam um ambiente de hostilidade para aqueles que já estão no país”, afirma Vinícius.

European dream“: sinônimo de qualidade de vida

Um dos principais atrativos do “European dream” é a qualidade de vida oferecida por diversos países do continente. “Ao contrário dos Estados Unidos, onde a saúde é majoritariamente privada e o custo de vida em cidades como Nova York e São Francisco é altíssimo, muitos países europeus possuem sistemas de saúde pública eficientes, educação de qualidade acessível e uma forte rede de segurança social”, destaca Vinícius, que mora na Europa há xx anos, sendo os últimos xx na Holanda. 

Países como Suécia, Dinamarca e Holanda frequentemente figuram entre os melhores lugares do mundo para se viver, liderando rankings de felicidade, bem-estar e segurança. No World Happiness Report de 2024, a Finlândia ocupa o primeiro lugar, seguida pela Dinamarca entre os países mais felizes do mundo. A Suécia segue em quarto e a Holanda em sexto. 

Esses países oferecem benefícios como licenças parentais generosas, jornadas de trabalho reduzidas e incentivos para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Na Suécia, por exemplo, os pais têm direito a 390 dias de licença parental remunerada, recebendo até 80% do salário. Além disso, a União Europeia estabelece normas mínimas para tempo de trabalho, incluindo períodos de descanso diários e semanais, pausas e férias anuais, promovendo um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal. 

Mobilidade: facilidade de circulação entre países

“A rica diversidade cultural da Europa e a proximidade entre os países proporcionam experiências únicas para quem decide viver no continente. A facilidade de viajar entre as nações europeias permite uma imersão em diferentes culturas, idiomas e tradições, enriquecendo a experiência de vida dos residentes”, diz Vinícius. O Espaço Schengen, uma área de livre circulação composta por 27 nações que eliminaram os controles de fronteira entre si, garante maior integração e mobilidade ao continente. “Ele permite deslocamentos entre países sem a necessidade de passaporte ou controle migratório, como se fosse um único território”, complementa. 

Além da facilidade para turismo, esse acordo também beneficia profissionais e estudantes, já que cidadãos de países do espaço Schengen podem morar e trabalhar em qualquer outro país membro. Com um visto Schengen, é possível visitar todos os países do bloco por até 90 dias em um período de 180 dias. Alemanha, França, Espanha, Itália e Portugal estão entre os países participantes, enquanto o Reino Unido não faz parte do acordo. Além dessa mobilidade turística, é possível, inclusive, morar e trabalhar em qualquer um desses países membros.

Desafios do “european dream”

Apesar das inúmeras oportunidades que a Europa oferece, a adaptação pode trazer desafios. No entanto, o especialista afirma que muitos países europeus estão em busca de profissionais qualificados que falam inglês em diversas áreas, o que reduz significativamente essas dificuldades. “Para esses profissionais, barreiras linguísticas e processos burocráticos acabam ficando em segundo plano, pois os próprios empregadores costumam cuidar dessas questões. Além disso, muitas empresas valorizam mais habilidades como liderança, perseverança, experiência na área de atuação e inteligência emocional do que o domínio impecável de um segundo idioma”, destaca Vinícius. Paralelamente, diversos governos têm adotado iniciativas para facilitar a imigração legal e promover a integração de novos residentes.

Outro aspecto importante é o planejamento financeiro e estratégico. Em muitos casos, é preciso comprovar renda ou assegurar uma oferta de trabalho antes da mudança, dependendo do país de destino. Além disso, a flexibilidade na obtenção da cidadania europeia e a ampla gama de programas voltados para estrangeiros tornam o continente uma opção viável e promissora a longo prazo.

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Sobre o W.A.R. 

O W.A.R. – We Are Ready International Career é um programa de mentoria voltado para brasileiros que desejam construir uma carreira internacional qualificada. Foi idealizado por Vinícius Zamperlini, profissional com 17 anos de experiência em multinacionais de 8 países. Com mais de 70 horas de conteúdo, o programa aborda tópicos como busca de vagas, funcionamento de vistos, transição de carreira, desenvolvimento da fluência em inglês e internacionalização profissional. Além disso, oferece treinamentos avançados em liderança, apresentações internacionais e entrevistas simuladas com recrutadores internacionais, preparando os participantes para se destacarem no mercado de trabalho global.

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