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Commodities e a expectativa de estabilização

2 Mins read

POR Samyr Castro

O primeiro trimestre de 2022 foi marcado pelo início do conflito entre Rússia e Ucrânia, que dentre outras consequências intensificou o aumento nos preços das commodities, sobretudo agrícolas, metálicas e energéticas.
Segundo o índice de commodities do Banco Central, (IC-Br), a partir de fevereiro, os preços das commodities subiram 9,5% em dólar, com destaque para os produtos diretamente impactados pela guerra, como o barril do petróleo, que avançou 46% desde o início do ano.
É importante relembrarmos que desde o ano passado, o preço das commodities têm sido pressionado por diversos fatores, como a retomada econômica no pós pandemia, que aumentou rapidamente a demanda por esses produtos, os gargalos de produção, que desordenaram a oferta em diversos setores da economia e os fatores climáticos, que prejudicaram as safras de fim de ano.
Esse movimento intensificou o contexto de inflação global, o que pode pressionar os bancos centrais a aumentarem ainda mais as taxas de juros, visando ancorar as expectativas de inflação.
Apesar do conflito geopolítico, alguns fatores podem amenizar a tendência de alta nos preços, em especial de commodities energéticas e metálicas. Entre eles, a nova rodada de lockdowns na China. Xangai, por exemplo, a maior cidade do país, voltou a registrar casos de morte neste fim de semana. Grandes áreas da cidade, que possui uma população de 26 milhões de pessoas, estão em quarentena desde 28 de março, provocando reclamações de moradores sobre escassez de alimentos e outras necessidades básicas. Caso o lockdown permaneça nas grandes cidades chinesas, a contração na demanda por insumos necessários para produção e transporte devem contribuir para redução no preço de algumas commodities, como o minério de ferro e o petróleo.
Além disso, acordos entre União Europeia e Estados Unidos para reduzir a dependência da produção russa de energia também devem contribuir para reverter a tendência de alta, principalmente do gás natural. Além da redução da importação de gás russo, a ideia de americanos e europeus é trabalhar em conjunto com o objetivo de acelerar os processos transitórios para o aumento da produção de energias renováveis. Esse acordo, além de assegurar o repasse extra de 15 bilhões de metros cúbicos de gás natural para União Europeia ainda este ano, deve gerar investimentos de infraestrutura, a exemplo de terminais e conexões entre EUA e UE.

Sendo assim, as commodities ficaram no centro da dinâmica do mercado, atraindo investimentos sob uma perspectiva de escassez de oferta. Com o aumento na demanda e as fragilidades da oferta, a guerra exacerbou o aumento nos preços.

A expectativa é que todas as iniciativas descritas acima ajudem a minimizar as altas nos preços, reduzindo os índices de inflação e aliviando o lado do consumidor. Só nos resta aguardar as próximas movimentações globais.

*Samyr Castro é CEO do Bank Rio e Conselheiro InvestSmart

Crédito: divlgação

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