Por Raphael Gordilho
A adoção de tecnologia por parte das instituições de saúde teve um crescimento exponencial nos últimos anos. A maior parte das implementações são voltadas ao consumidor final, ou seja, ao cuidado do paciente. No entanto, a gestão hospitalar é um tema que tem ganhado relevância e desempenhado um papel fundamental no background das instituições. Neste sentido, fora dos holofotes, as ferramentas de workflow tem sido a base operacional para que as empresas de saúde consigam alcançar um dos seus principais objetivos: o atendimento de qualidade.
Para que este cenário seja mais visível, é preciso entender o que são e qual o papel desses sistemas dentro da gestão de um hospital ou clínica. De um modo geral, as ferramentas de workflow são tecnologias desenvolvidas para mapear, organizar e melhorar o fluxo de trabalho dentro das empresas.
A critério de exemplo, imagine o setor de compras e estoque de um estabelecimento de saúde, cuja necessidade é de que os suprimentos estejam sempre à disposição dos profissionais de saúde. Esse processo inclui responsabilidade e um fluxo complexo de trabalho. A partir disto, quando exercido manualmente, esse fluxo torna-se suscetível a gaps ou falhas durante o percurso. É neste momento que a tecnologia e as ferramentas de workflow desempenham seu papel, por serem responsáveis por automatizar e organizar este processo, apontando falhas para que possam ser corrigidas em tempo real e com decisões assertivas, não afetando, assim, o atendimento final do estabelecimento e garantindo benefícios para a gestão da organização.
Principais vantagens das ferramentas de workflow para o setor de saúde
Embora os hábitos estejam mudando, a adoção de tecnologia e a troca de sistemas legados por novos ainda são grandes desafios dentro das instituições de saúde, principalmente entre as de pequeno e médio portes. No entanto, o futuro do setor, e de todo o ecossistema de saúde, depende do desenvolvimento tecnológico, que impulsiona desde as áreas de retaguarda, como estoque e suprimentos, até a linha de frente com o atendimento dos profissionais de saúde.
Diante deste contexto, entendemos que a implementação destas ferramentas tecnológicas de fluxo de trabalho traz diversos benefícios para o desenvolvimento das instituições. Mas, quais são estas vantagens?
Logo de início, podemos entender que, ao propor soluções assertivas, com predições inteligentes, estes sistemas possibilitam uma melhora substancial na eficiência operacional das instituições e, consequentemente, na redução de custos desnecessários, desperdícios e perdas. Além disto, implementar inteligência e previsibilidade aos processos, não apenas evita custos, como garante a geração de receita de maneira mais eficiente.
Se economicamente as ferramentas de workflow trazem pontos positivos, para a gestão como um todo não é diferente. A utilização destes sistemas promove uma melhor distribuição de trabalho, inclusive entre as unidades, uma vez que as ferramentas digitais são mais eficazes para o acompanhamento e a gestão de equipes. Além disto, contar com recursos tecnológicos como este garante o controle necessário para evitar a perda de negócios por falta de suprimentos.
De todos os ângulos, a adoção deste tipo de tecnologia faz-se positiva e necessária para o desenvolvimento da gestão das empresas. No entanto, para as grandes instituições ou redes populares de saúde, essa implementação acontece de maneira mais fácil, já que estas conseguem diluir o valor da implantação destes sistemas. Para os pequenos e médios o caminho é mais complexo, mas uma das principais alternativas é recorrer a soluções mais especializadas e baratas (SaaS) , para que assim consigam sanar a carência de tecnologia e sistemas inteligentes e otimizar seus processos e serviços.
Dr. Raphael Gordilho é Cofundador da Zaga, Healthtech que otimiza processos de gestão de compras e suprimentos na área da saúde.
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