A pandemia de coronavírus pode alterar as datas dos principais vestibulares do país e do Exame Nacional do Exame Médio (Enem), como o próprio presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta semana. Diante desse cenário incerto, é comum que algumas pessoas tenham dúvidas em relação à preparação para tais provas.
Para sanar essas possíveis questões, Felipe Filatte, coordenador pedagógico do Hexag, cursinho pré-vestibular específico para carreira de Medicina, explicou como a quarentena pode modificar o calendário educacional brasileiro, bem como, mostrou as vantagens que os inscritos podem ter com essas mudanças.
“É uma situação inusitada e muito complexa. Em um primeiro momento, é fácil falar de adiamento. Por outro lado, as grandes bancas, como: Fuvest, Comvest, Vunesp e o próprio Inep, que faz o Enem, não possuem outras datas para poder respeitar o calendário de acesso à universidade em 2021”, argumentou Filatte.
“Vide o recente caso das trocas de datas do Enem Digital, que coincidiram com as datas da Fuvest e do vestibular da Unicamp Ambas instituições já sinalizaram que não irão mudar os dias de seus exames por causa do Enem”, continuou o coordenador.
Para Filatte, alterar novamente as datas do Enem Digital ou mudar o cronograma do Enem impresso poderia complicar o ingresso em todas as universidades no ano que vem. “Talvez, o adiamento implicaria em um possível cancelamento da entrada desses candidatos nas faculdades em 2021. Algo que seria mais prejudicial”, avaliou.
De acordo com Filatte, outro ponto a ser destacado é que apesar de algumas instituições de ensino, como o Hexag, transmitirem conteúdos por plataformas digitais, a ausência de aulas presenciais é bastante sentida pelos alunos.
Por isso, o Hexag, ciente de mais essa dificuldade, irá repor as aulas de modo presencial, assim que possível. Ele também destacou que, em relação ao Enem, o estudante deve ter consciência que a preparação é realizada durante os três anos do Ensino Médio. Não apenas no terceiro.
“Com o fim das medidas restritivas de circulação, iremos repor as aulas de modo presencial, pois, segundo os alunos, a quarentena teria impedido a preparação de modo adequada. No caso do Enem, vale salientar que o exame avalia o conteúdo abordado em todo o Ensino Médio. São três anos de preparação”, ressaltou.
Por fim, Filatte afirmou que existe uma grande tarefa do próprio setor público em oferecer aulas online para os alunos da rede pública, ou até mesmo, por canais de TV. “Muitas escolas particulares que não disponibilizavam conteúdos por meios digitais, passaram a oferecer aulas online. Os professores têm se reinventado para continuar o trabalho, adaptando -se às novas ferramentas”, concluiu.
Por Tuddo Comunicação