Confira dicas do traveler Fábio Vilela para acumular pontos e economizar na passagem aérea.
POR: Dona Comunicação
Viajar se tornou um hábito cada dia mais acessível, mas o valor da passagem aérea ainda pode pesar no bolso quando se leva em conta o perfil do viajante, o grau de conforto, a época da viagem e o destino escolhido. Nessa hora, saber utilizar milhas e pontos faz toda a diferença. O viajante Fábio Vilela, do site Passageiro de Primeira, tornou-se um especialista no assunto após visitar 80 países viajando de primeira classe usando milhas e pontos e elenca dicas para conseguir voar de graça o ano todo.
Por onde começar no mundo das milhas e pontos?
Quem viaja de avião com frequência acumula pontos ou milhas nas companhias aéreas, que consequentemente são creditados em um programa de fidelidade. Além disso, compras no cartão de crédito e em setores como postos de gasolina também geram pontos aos clientes, inclusive com a opção de transferi-los para o mesmo programa de fidelidade, sendo somados às demais milhas e pontos voados. Depois, é hora de trocar o montante por benefícios como as passagens aéreas.
Para Fábio Vilela, o primeiro passo para quem deseja acumular milhas e pontos é identificar o perfil de viajante. “Hoje, há programas de milhas e pontos e cartões de crédito que atendem às necessidades específicas dos clientes, seja ele um pai ou mãe de família, estudante, empresário, profissional liberal, entre outros”.
Melhor cartão de crédito para acumular pontos
O quanto a pessoa ganha é um fator determinante no mundo das milhas e pontos. Os cartões de alta renda, por exemplo, podem gerar até 3 vezes mais pontos e tem mais vantagens, como acesso às salas VIP em aeroportos e seguros de viagem. Em contrapartida, a anuidade é mais cara.
Por isso, identificar o perfil da pessoa é essencial para que o cartão também se adapte ao estilo de vida e seja um aliado ao invés de vilão na hora de acumular. “Um estudante que não viaja para o exterior não tem a necessidade de ter um cartão que tem um custo anual caro, sendo que não irá usufruir de todos os benefícios”, exemplifica Vilela.
O programa de fidelidade favorito e a liberdade de escolha na hora de transferir os pontos também devem ser considerados. Alguns bancos estabelecem uma quantidade mínima de pontos para transferi-los para outros programas, como 15.000 ou 20.000, o que dificulta para os iniciantes ou para quem tem poucos pontos a troca pelo benefício da passagem.
Escolhendo o melhor programa de fidelidade
Na hora de escolher um dos programas de fidelidade do mercado é importante levar em conta diversos fatores: a quantidade de viagens por ano, o aeroporto de origem, o perfil de gasto e os destinos favoritos.
“No Brasil, temos grandes hubs de companhias aéreas em determinados aeroportos. Portanto, se o usuário mora em uma cidade que a empresa X tem muito mais voos do que a Y, ele deve buscar concentrar seus pontos e milhas na X. Assim, irá se beneficiar das vantagens com mais frequência, além de ter mais opções de rotas”, explica Fábio.
O mesmo se aplica à quantidade de viagens para o exterior. Se o usuário não viaja para fora do país, não vale acumular milhas e pontos em programas estrangeiros. Já em relação ao perfil de gasto, os clientes de alta renda que compram passagens mais caras devem priorizar programas em que o acúmulo é baseado no valor do bilhete. Dessa forma, ele sobe de categoria mais rápido, sendo valorizado mais ainda pelo programa da companhia e usufruindo de mais benefícios.
Quando trocar milhas e pontos?
A maioria das companhias aéreas disponibilizam os lugares para venda com até 330 dias de antecedência da data do voo. Portanto, para quem já sabe o dia da viagem, o traveler aponta que o melhor momento para troca é quando aparecem as promoções de transferência bonificadas dos cartões. Com essa oferta, o usuário pode transferir, por exemplo, 100 mil e receber o dobro. Feito isso, o custo da passagem já cai em 50%.
Em paralelo, os programas de fidelidade reduzem a quantidade de milhas necessárias para emissão de passagens em 50% em determinadas promoções. Ou seja, há uma nova redução de custo. Ao final, uma passagem que custaria 100 mil pontos no programa de fidelidade acaba saindo por 25 mil pontos. Essa estratégia pode diminuir o preço de uma passagem em primeira classe em até 90%.
Multiplicando milhas e pontos
Para conseguir multiplicar o volume de pontos acumulados, alguns bancos oferecem facilidades, como pagar um percentual extra da fatura do cartão para ganhar mais pontos ou até pontos extras em compras no exterior. Mas, ao final, é essencial fazer o cálculo para saber se a compra realmente compensa.
Cinco dicas de Fábio Vilela para viajar com milhas e pontos:
- Realize a compra das passagens com bastante antecedência.
- Programe viagens sozinho.
- Tenha flexibilidade de datas para viajar durante o ano e fora de alta temporada.
- Esteja sempre atento às promoções dos programas de fidelidade.
- Procure por destinos alternativos e pouco explorados.