Relações são mais do que afinidades e química. Pelo menos as que estão destinadas ao sucesso!
Quando pensamos em nos relacionar, normalmente buscamos afinidades e, nos casos amorosos, também procuramos a famosa química. Mas será que as relações se resumem a isso? Espero que, com este artigo, eu possa lhe provar que não.
Seja no trabalho ou no campo amoroso, as relações deveriam ter sempre o mesmo objetivo: o crescimento mútuo. Tudo o que estimula o prazer, a alegria e o entusiasmo existe apenas para sustentar esse objetivo de forma duradoura.
Já pensou por que um bebê é incrivelmente fofo? A verdade é que se ele não fosse assim, muitos pais tenderiam a enlouquecer ou desistir bem antes de tentarem ter outro filho. Criar um filho é difícil, cansativo e desafiador, mas é uma das relações de maior crescimento mútuo que existe — assim como todas aquelas com potencial para o sucesso.
Pense nas suas últimas relações. Lembre-se das mais desafiadoras e das mais fáceis. Em quais você cresceu mais? Com certeza nas mais desafiadoras, pois você foi obrigado a se reinventar. No entanto, normalmente essas relações mais intensas acabam tendo uma duração mais curta em nossas vidas, porque as pessoas tendem a focar muito na dor do desafio, em vez de refletirem sobre a beleza das conquistas. Elas se concentram nos problemas, muitas vezes já resolvidos, e não no resultado. Guardam mágoas, cicatrizes e lembranças que revivem constantemente em suas mentes, trazendo à tona emoções difíceis de suportar. E assim, o fim chega — mas, atenção, não o fracasso.
O fim não é o que determina o sucesso ou o fracasso de uma relação, e sim o “durante”: o quanto vocês cresceram nos dias, meses, anos ou décadas em que estiveram juntos. Isso vale para sociedades, parcerias de trabalho, amizades e casamentos.
Para que o sucesso nasça de uma relação, as duas pessoas precisam estar focadas em crescer e em fazer o outro crescer. É necessário olhar verdadeiramente para o outro, e não apenas para si mesmo. É preciso avaliar quanto você pode agregar à vida da outra pessoa, e como sua convivência pode potencializar ambos. Quais são os seus objetivos? E os dela? Estão alinhados?
Também é fundamental prestar atenção aos pontos complementares sinérgicos, ou seja, características que um tem mais desenvolvidas do que o outro e que, juntas, trazem um resultado potencializado — tanto individualmente, pelo crescimento mútuo, quanto na entrega como casal, sócios ou amigos.
Além dos pontos complementares, como mencionei anteriormente, usando a relação entre pais e filhos como exemplo, precisamos também de pontos “elétricos” (coisas que trazem prazer consciente na convivência, que fazem você enxergar o outro em meio à multidão através de registros mentais), como a admiração, os traços físicos e as afinidades; e os pontos “magnéticos” (aqueles que fazem com que desejem ficar juntos mesmo nos momentos mais desafiadores, de forma inconsciente, através de registros emocionais), como a química, a frequência energética e a paixão. Por fim, há os pontos “eletromagnéticos” (que nascem da mistura de registros mentais e emocionais), como o amor e a admiração.
A maioria das pessoas busca relações na escassez — por carências, medos, faltas ou dores. Tentam preencher com o outro os vazios que existem dentro delas. No entanto, relações de sucesso só podem ser construídas por pessoas inteiras, que, juntas, multiplicam, em vez de apenas somarem.
Independentemente do tipo de relação que você deseja nutrir em sua vida, avalie tudo o que foi dito aqui e reflita se está buscando uma relação na escassez ou na prosperidade, no sucesso. E, acima de tudo, assuma o caminho que escolher, sem depois culpar o outro pelo fracasso da relação de vocês.