De 2019 para cá, a Copa do Mundo Feminina de Futebol tem experimentado uma notável evolução no que diz respeito visibilidade e audiência. À medida que a popularidade do esporte cresce em todo o mundo, as marcas e empresas estão, de fato, percebendo o potencial de mercado oferecido em ambos os gêneros.
Como não lembrar da campanha da Avon, Veio Pra Ficar, do batom Power Stay, em parceria com a jogadora Marta. Durante as partidas, a atleta utilizava o produto atestando sua qualidade. Esse é o tom da comunicação audiovisual para os próximos anos, não adianta produzir uma campanha vazia, é preciso contar uma história, agregar valor, mostrando um motivo por trás daquele conteúdo que cativa e impacta o público.
Foi-se o tempo em que patrocinar um evento ou equipe era algo meramente decorativo, é preciso ter um envolvimento e saber utilizar essa estratégia agregando valor para a marca. Não adianta ter um influenciador, por exemplo, para chamar a atenção para sua campanha, mas sim, entender o que realmente conecta seu público final.
Embora o patrocínio na Copa do Mundo Feminina de Futebol tenha evoluído significativamente ao longo dos anos, inicialmente, o apoio financeiro era escasso, com poucas marcas reconhecendo o potencial do torneio. Esse cenário só começou a mudar durante a edição de 1999. Pode-se dizer que esse torneio marcou a virada de chave, pois nessa competição ocorreu uma maior visibilidade, aumento na audiência e interesse global. A partir desse momento, grandes empresas multinacionais começaram a investir no torneio feminino, trazendo mais recursos e melhorias.
O patrocínio fortaleceu a organização do torneio, permitindo que a FIFA investisse em infraestrutura, transmissão, marketing e desenvolvimento do futebol feminino. Além disso, o aumento do apoio financeiro resultou em prêmios em dinheiro mais altos, atraindo jogadoras talentosas e elevando o nível do jogo.
Apesar dos avanços, ainda há desafios a enfrentar. A discrepância entre o financiamento do futebol feminino em comparação ao masculino é enorme, por isso, é essencial que as parcerias de patrocínio sejam mais do que simbólicas, trazendo benefícios reais para o desenvolvimento da modalidade. Isso inclui investimentos em programas de base, treinamento, infraestrutura e promoção de oportunidades igualitárias para jogadoras em todo o mundo.
Diversas marcas realizam apenas algo pontual para mostrar o suporte a seleção nessa jornada, porém, com a Cimed, patrocinadora da CBF, e, empresa que cuidamos de toda a solução audiovisual, iremos fazer exatamente o mesmo processo que a masculina, contar a história do time. A equipe masculina é amplamente divulgada e conhecida através de seus jogadores e clubes, ou seja, o marketing é muito forte, por isso, precisamos fazer um trabalho igual ou até melhor. Por isso, realizaremos o mesmo tipo de cobertura real time de toda a competição, acompanhando a rotina das atletas e mostrando os bastidores através de um olhar diferenciados nas partidas.
Com um compromisso contínuo, a Copa do Mundo Feminina tem o potencial de se tornar um evento ainda mais influente, fortalecendo a presença e o impacto do futebol feminino em todo o mundo.
Matheus Lins – Fotógrafo e fundador da produtora Trinta Dezessete
POR: Agência Deadline