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Saúde

Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia

2 Mins read

POR: Tais R. José Pedroso

26 de março é o Purple Day. A data foi criada com o intuito de aumentar a conscientização mundial sobre a epilepsia, distúrbio neurológico que afeta em torno de 0,5 a 1% da população mundial, e que é caracterizado especialmente por crises epilépticas recorrentes não provocadas.

Dra. Deborah Kerches, neuropediatra especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA) e saúde mental infantojuvenil, ressalta que esta é uma das doenças neurológicas mais recorrentes entre as crianças.  “A incidência de epilepsia é maior no primeiro ano de vida por conta da imaturidade do cérebro (e maior propensão às descargas cerebrais anormais) e, depois, volta a aumentar entre as pessoas acima de 60 anos”, diz.

“As crises podem se apresentar de diferentes maneiras: podem ser rápidas ou longas, com ou sem alteração da consciência, ocorrer durante o sono ou vigília, com ou sem contrações musculares ou abalos motores, com ou sem liberação de esfíncteres, sensações de enformigamento, alterações visuais, piscamentos repetitivos, entre outras características. Quando há contrações musculares, são chamadas de convulsão”, explica a Dra. Deborah.

As crises costumam durar poucos minutos e cessar espontaneamente. “É importante destacar, porém, que esta condição traz consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais que prejudicam diretamente a qualidade de vida da pessoa. No caso das crianças, em especial, são notáveis comprometimentos da memória que podem afetar significativamente a aprendizagem”, acrescenta a neuropediatra.

De acordo com a Dra. Deborah, aproximadamente 70% dos casos de epilepsia são controlados com drogas antiepilépticas e cerca de 30% podem evoluir com Epilepsia Refratária, condição em que, mesmo com politerapia antiepiléptica adequada, não há controle das crises.

Epilepsia X Autismo

A combinação com epilepsia acontece em 1/3 das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Embora essa ligação ainda não esteja totalmente esclarecida, sabemos que está relacionada a mutações genéticas e desiquilíbrios químicos existentes no autismo”, comenta a neuropediatra.

“A criança ou adolescente com autismo e que tem epilepsia costuma apresentar mais problemas comportamentais e distúrbios do sono. Os familiares devem saber como agir diante uma crise, sobretudo, mantendo a calma”, destaca a Dra. Deborah.

O tratamento é realizado com os mesmos medicamentos antiepilépticos usados com as pessoas que não possuem TEA. Mas, cada caso precisa ser avaliado individualmente para escolha da melhor abordagem terapêutica.

 

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