Instituição destaca irregularidades da Chapa na eleição deste ano e afirma que o desarranjo atual não é favorável para a entidade
POR: Inguz Assessoria
A diretoria da Associação Brasileira de Agentes Digitais (ABRADi) veio a público para manifestar seu posicionamento diante da eleição deste ano para a presidência da entidade. Na última semana, um grupo de associados iniciou um movimento para requerer do Conselho de Administração da associação novas eleições por discordar dos resultados divulgados. De acordo com Carolina Morales, atual presidente da ABRADi, houve irregularidades flagrantes na chapa impugnada e vir a público explicar o que aconteceu é fundamental: “Como certa vez disse o jornalista inglês C. P. Scott, os comentários são livres, mas os fatos são sagrados”.
Morales explica que a impugnação da chapa Nova ABRADi ocorreu devido ao descumprimento de regras previstas no Estatuto Nacional e no Regimento Interno da entidade. De acordo com a presidente, apenas uma das chapas concorrentes cumpriu todas as exigências estipuladas, após uma análise realizada pelo escritório jurídico contratado e validada pelo Conselho de Administração. Morales destaca que houve diálogo com a oposição para resolver os problemas, mas que não existiu solução: “Quando se soube que iriam existir duas chapas, ambas equipes investiram dezenas de horas em reuniões e possíveis negociações, a fim de procurar uma solução mais justa e prática para todos. Infelizmente, não houve consenso entre as partes”. A presidente também salienta que o desarranjo atual não é favorável à associação, mas necessário diante dos problemas ocorridos: “Foram 39 dias de trabalho voluntário, considerando a apresentação dos argumentos, réplicas e tréplicas, até a decisão final já conhecida por todos [impugnação da chapa Nova ABRADi]”.
Em resposta ao argumento de que a impugnação foi realizada fora do prazo estipulado, a diretoria da ABRADi explica que o procedimento ocorreu após surgir um fato novo, depois de uma diligência do advogado em relação às fichas de membros da chapa. De acordo com a diretoria, o pedido de impugnação foi realizado devido ao “desrespeito da chapa Nova ABRADi ao princípio da boa-fé, pois os documentos apresentados não eram verdadeiros”. A impugnação foi considerada “intempestiva”, termo jurídico aplicado a peças processuais apresentadas ou protocoladas nos autos fora do prazo estabelecido inicialmente.
A atual diretoria da ABRADi salienta a importância da atuação das ferramentas de controle para garantir a lisura do pleito e de outras decisões competentes relacionadas à associação: “Os instrumentos Estatuto Nacional e Regimento Interno são explícitos em dar poderes à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração eleitos pelos associados. Sendo assim, seus integrantes são eleitos para decidir sobre diversos assuntos, em cumprimento ao Estatuto Nacional e a favor da Associação”, destaca.
A presidente da ABRADi entende que a maioria dos associados podem ainda não ter se aprofundado nos fatos expostos, o que dificulta o entendimento sobre o que está acontecendo. De acordo com Morales, a impugnação da chapa não se deve à “vontade” da direção ou dos associados, ela ocorre por descumprimento ao Estatuto e ao Regimento Interno da instituição. “A diretoria tem o dever de cumprir as normas constantes no Estatuto Nacional e no Regimento Interno, sob pena de ser responsabilizada pelo seu não cumprimento”, explica.
A ABRADi também destaca os avanços realizados pela nova direção, que desde o início se concentrou em proporcionar benefícios aos associados, além de refletir a grandiosidade e complexidade do país, já que é composta por profissionais de várias regiões do Brasil. “Somos uma entidade de alcance nacional que todos ajudaram a construir ao longo dos últimos 15 anos com profissionais dedicados que se voluntariam a melhorar o nosso mercado. Carolina Morales será a nossa primeira presidente mulher diante de um mundo que discute e se ajusta a uma agenda de inclusão e de igualdade de gênero nas empresas e associações de classe”, finaliza.
Sobre a ABRADi
A Associação Brasileira dos Agentes Digitais (ABRADi) é uma entidade de classe, sem fins lucrativos, que defende os interesses de empresas e pessoas que desenvolvem serviços digitais no país. A ABRADi, que atualmente tem cerca de 500 empresas associadas e está presente nas cinco regiões do Brasil, acredita que negócios bem gerenciados tornam toda a sociedade mais transparente e livre, pois é por meio da internet e de métodos digitais que as pessoas se informam, estudam, negociam, e exercem seus direitos como cidadãos.