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“Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas” estreia em São Paulo

7 Mins read

POR: Dani Bassit Assessoria

Em comemoração aos 100 anos da primeira apresentação dos “Oito Batutas”, o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo recebe, nos dias 20,21,22 e 23 de novembro, sendo às 18 horas nos dias 20 e 23 e às 16 horas nos dias 21 e 22 o projeto “Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas”. Os Oito Batutas fazem parte da história da música brasileira, sendo o primeiro grupo nacional a levar a música popular para o exterior.

O projeto traz diversas fases do grupo por meio de ritmos como maxixes, corta-jacas, batuques, cateretês, choros, sambas, toadas, lundus, emboladas, cocos, foxtrotes, ragtimes e shimmies. As apresentações são protagonizadas pelo Conjunto Época de Ouro que receberá músicos e intérpretes contemporâneos.

Cada apresentação receberá um músico/intérprete convidado com grande ligação com o choro e o samba, como Dudu Nobre e Fabiana Cozza, além do clarinete/saxofone de Nailor Proveta e do PC Castilho.

Todos os shows darão ênfase às diferentes fases dos Oito Batutas e de seus integrantes como:

– Antes do sucesso – As rodas de choro na casa da Tia Ciata e no Grupo do Caxangá;

– O início – A temporada no Cine Palais e o sucesso nacional;

– A glória internacional – A viagem a Paris e o contato com novas estéticas musicais;

– Uma nova história se inicia – A dissolução do grupo em viagem à Argentina onde realizaram seus únicos registros fonográficos.

O repertório é composto por obras de Pixinguinha, além de composições de Catulo da Paixão Cearense, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Bonfiglio de Oliveira, Donga, China, João Pernambuco, entre outros.

Os shows têm direção musical do maestro e pesquisador Antonio Seixas, apresentação do ator, produtor e sambista Haroldo Costa e, como anfitrião, o Conjunto Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim em 1964.

— Sobre os Oito Batutas —

No ano de 1919, Pixinguinha era um jovem músico que empunhava sua flauta em rodas de choro na casa da Tia Ciata e no Grupo do Caxangá, orquestra formada pela nata dos chorões do Rio de Janeiro, como Donga, China e João Pernambuco, e que se dedicava à execução de músicas nordestinas e de caráter regional. O Cine Palais era um elegante cinema localizado na Avenida Rio Branco, região central da cidade do Rio de Janeiro e frequentado pela elite da cidade cujo gerente era Isaac Frankel, um senhor calvo, de bigodes, sempre com um charuto nos lábios. A gripe espanhola havia feito mais de 14 mil mortos entre a população carioca em 1918, e os cinemas se ressentiam da ausência do público, que, desde a grande pandemia, evitava aglomerações em lugares fechados.

Impressionado com a multidão reunida por um bloco carnavalesco que se apresentava no coreto do Largo da Carioca – o Grupo do Caxangá –, Isaac Frankel abordou Pixinguinha, um dos músicos do grupo, e o arrastou para uma conversa em particular atrás do coreto. Frankel tinha uma proposta tentadora para Pixinguinha: montar um grupo para se apresentar na sala de espera do elegante cinema nos intervalos entre as sessões dos filmes em cartaz. O Grupo do Caxangá era composto por 19 músicos e Frankel, então, sugeriu um número reduzido de integrantes e ao mesmo tempo propôs um nome sonoro para a nova orquestra: “Oito Batutas”.

A estreia dos Oito Batutas ocorreu em abril daquele ano, vindo a se tornar um dos grupos musicais mais importantes da história da música brasileira, sendo a sua primeira formação: Pixinguinha na flauta; Donga, Raul Palmieri e China nos violões; Jacob Palmieri no pandeiro; Luís Pinto na bandola e reco-reco; Nelson Alves no cavaquinho; e José Alves de Lima no bandolim e ganzá.

Intérpretes:

 — Dudu Nobre–

www.dudunobre.com.br

Além de intérprete, o sambista é também um consagrado compositor. Músicas como “Água da minha sede”, “Vou botar teu nome na macumba”, “Quem é ela”, e “Pro amor render” são de sua autoria. Tendo como grandes referências os músicos Almir Guineto e Martinho da Vila, seu último CD autoral, intitulado “Ainda é cedo”, foi lançado em 2013.

O álbum possui doze faixas, das quais nove são de autoria do Dudu com parceiros, entre eles Nei Lopes, Claudemir, Moises Santiago, Fernando Magarça, Roque Ferreira e Chiquinho dos Santos. O disco possui também versões de músicas como: “Centelha” (Nelson Rufino e Ivan Sólon), “Voo de paz” (Jorge Aragão e Zeca Pagodinho) e “As 40 DPs” (Gil de Carvalho). Pai de três meninas (Olívia, Thalita e Alicia) e de um menino (João Eduardo), Dudu Nobre é um dos artistas mais respeitados do gênero. Autor de sambas-enredo vitoriosos em todo o Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Belém do Pará.

— PC Castilho –

Professor da Escola de Música Villa-Lobos há 15 anos, o músico, nascido e crescido em Angra dos Reis, numa família ligada às artes, e radicado no Rio de Janeiro desde 1989, também gosta bastante de estudar: é mestre em música na área de Criação e Interpretação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com bacharelado em música, habilitado em flauta transversa pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio). Além de viajar à Bahia levado pela música, PC já atravessou oceanos para beijar a Mãe África: esteve no Senegal com Nilze Carvalho e em Angola a convite do escritor Ondjaki.

Na correnteza de ideias que a pesquisa para o mestrado trouxe, PC criou, em 2017, o Instrumentice a fim de fazer música prioritariamente brasileira, instrumental e cantada, tanto autoral quanto de releitura, com bastante improvisação e o principal: ao ar livre!

Desde 2016, PC toca flauta e canta no espetáculo MPB – A Era dos Festivais, idealizado por Edu Krieger, ao lado do próprio Edu, do supracitado Marcelo Caldi e da cantora Nina Wirtti, em posição ocupada por Soraya Ravenle nas cerca de trinta primeiras apresentações.

Na última década, ele seguiu preparando a pescaria, anotando ideias, recebendo letras e devolvendo músicas aos parceiros.

 — Fabiana Cozza —

www.fabianacozza.com.br

Fabiana Cozza (1976) é paulistana, cantora e jornalista. Graduou-se em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e exerceu o Jornalismo durante oito anos, em diferentes mídias, sendo sua última atuação na Copa de 2002. Deixou o Jornalismo aos 24 anos para assumir sua carreira artística de intérprete que passa também pelo teatro e a dança.

Trabalhou nos musicais “Os Lusíadas”, com direção de Iacov Hillel e Magda Pucci; “A luta secreta de Maria da Encarnação”, última peça escrita por Gianfrancesco Guarnieri com direção musical de Renato Teixeira e Nathan Marques; “O Canto da Guerreira – 20 anos sem Clara Nunes”; “Ary Barroso”; “Rainha Quelé – uma homenagem a Clementina de Jesus”, com direção de Heron Coelho. Foi dirigida pelo ator e diretor Gero Camilo em “Razão Social” (2016), por Luiz Fernando Lobo no musical “Canto Negro” (2019). Desde 2015 tem seus projetos pessoais dirigidos pelo ator Elias Andreato, dentre eles: “Ay, Amor!” (Canto teatral para Bola de Nieve – desde 2015) e “Canto da noite na boca do vento” (canções de Ivone Lara e parceiros – 2019).

Estudou canto popular, teoria musical e prática de conjunto na Universidade Livre de Música Tom Jobim (atual Emesp) por quatro anos. Tem sido anunciada por críticos e público como uma intérprete de destaque na música brasileira contemporânea. “Canto da noite na boca do vento” (gravadora Biscoito Fino) é o seu sétimo CD gravado, lançado em 2019. Venceu duas edições do Prêmio da Música Brasileira: em 2012 – Melhor cantora de samba, e 2018 – Melhor álbum em língua estrangeira (por “Ay, Amor!”).

Fabiana tem levado a música brasileira a festivais em Israel, Alemanha, França, Canadá, EUA, Bulgária, Chile, Espanha, Portugal, Suécia, Cuba, Moçambique, Cabo Verde. A artista tem produzido seus projetos com parceiros e sido convidada a participar de mesas, workshops, simpósios e projetos sobre voz, interpretação, cultura afro-brasileira, empreendedorismo negro, curadoria (foi curadora artística da “Ocupação Cartola” – Itaú Cultural 2016). Como extensão de seu trabalho, desenvolve estudos e orientação para cantores, atores e pessoas interessadas em revelar sua expressão artística através de sua voz.

— Nailor Proveta —

Com 30 anos de carreira, Nailor Proveta é figura de destaque no cenário da música instrumental brasileira. Integrante e fundador da Banda Mantiqueira, compositor e arranjador, além de instrumentista, esteve envolvido em muitos dos melhores e mais relevantes projetos musicais das últimas décadas.

Proveta começou na banda municipal de Leme/SP, onde nasceu. Aos 16 anos, já em São Paulo, integrou a orquestra do maestro Sylvio Mazzuca. Depois, liderou a Banda Aquarius e o grupo Sambop Brass, e dividiu o palco com artistas como Natalie Cole e Benny Carter, além de ter seguido em turnês com a orquestra de Ray Conniff. Até hoje, Proveta é um dos clarinetistas mais requisitados do país, e mantém com o saxofone um caso de amor, aliado a um interesse quase científico, expresso através da pesquisa minuciosa dos timbres e sonoridades dessa família de instrumentos

— Serviço –

 

CCBB-SP recebe “Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas”

 

20/11 – Época de Ouro convida Dudu Nobre

21/11 – Época de Ouro convida PC Castilho

22/11 – Época de Ouro convida Nailor Proveta

23/11 – Época de Ouro convida Fabiana Cozza

 

Horário: às 18 horas nos dias 20 e 23 e às 16 horas nos dias 21 e 22 de novembro

Capacidade: Para manter o distanciamento social a casa trabalha com 60% da capacidade (70 lugares disponíveis)

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Álvares Penteado, 112, São Paulo

Ingressos: R$ 30,00 (trinta reais) inteira e R$ 15,00 (quinze reais) meia

Indicação: Livre

Idealização e Direção musical: Antonio Seixas

Concepção: Banda Filarmônica do Rio de Janeiro

Anfitriões musicais: Conjunto Época de Ouro

Apresentação: Haroldo Costa

Direção musical: Antonio Seixas

 

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP

Aberto todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças

Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô

Informações: (11) 4298-1270

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