Fortemente afetados pelo avanço da pandemia do Covid-19, os empresários e empreendedores tiveram que repensar seus modelos de negócios para conseguirem se manter no mercado. Em tempos de isolamento social, é preciso estar mais atento do que nunca à comunicação e relacionamento com o cliente. O mercado vive numa economia de oferta, o cliente tem muitas opções, então a inovação é uma ferramenta fundamental para isso.
Por: cpocomunicacao
Mas não era isso que os empreendedores, Vinicius Almeida e Alexandre Loudrade pensavam há um ano. “Tínhamos projetos de atualização da rede, mas algo que faríamos em médio prazo”, comenta Alexandre, diretor de Operações da Evolute Online.
A rede de cursos nasceu em 2008 na cidade de Taubaté com o objetivo de disseminar educação para todos e na ocasião oferecia mais de 70 cursos presenciais a preços populares e contava com 102 franquias em ascensão. Três meses após a pandemia, com todas as unidades fechadas, os empreendedores viram o faturamento despencar e uma grande insatisfação dos franqueados. “Foi o momento mais desesperador nos 12 anos do negócio. O caixa estava ficando vazio, já tínhamos demitido 40 funcionários e não podíamos reabrir”, lembra Vinicius, diretor de expansão da Evolute Online.
De 102 franqueados a rede passou a ter 55 unidades em funcionamento por conta da pandemia. “Fizemos algumas reuniões internas com o objetivo de fechar o negócio, mas como bons empreendedores brasileiros, a gente precisava tentar até o último suspiro”, contam os empreendedores.
O projeto de médio prazo tornou-se a salvação da rede. Embora não tivessem a fórmula do negócio muito menos a certeza de que daria certo, juntaram todas as economias que tinham na conta da empresa e decidiram montar um modelo híbrido de negócio, bem diferente do que ofereciam desde então.
Decidiram focar em apenas uma modalidade de ensino, o inglês, criaram dois módulos de curso com livros de autoria própria. Produziram seis mil kits com o material didático que chegou em um caminhão na sede da Evolute Online. “Era tanta coisa que a gente não tinha onde guardar, daí bateu o desespero, a gente se deu conta que se desse errado estava tudo acabado”, relembra Vinicius.
A venda dos kits de livros foi muito melhor do que o esperado no primeiro mês. Os empreendedores comercializaram o material para escolas de cursos via licenciamento e transformaram suas unidades em escritórios que passaram a funcionar para a venda dos conteúdos e fechamento de matrículas.
Os usuários que comprarem o material ganham 192 horas de curso de inglês online gratuito, que pode ser usado em um período de 24 meses, 7 dias na semana a um custo de R$ 1.200 mil. Atualmente a rede já conta com mais de 10 mil usuários em sua plataforma.
A rede já tem cinco escritórios em funcionamento com o novo formato e mais franquias em processo de atualização. O plano de expansão contempla a abertura de 10 unidades no novo formato próprias e 40 franquias até o final do ano e 300 unidades em cinco anos. A previsão de faturamento para esse ano é de R$ 6 milhões com lucratividade de 40 %.
“O sucesso do novo modelo de negócios foi tão grande que já abrimos três unidades próprias nas cidades de Taubaté, São José dos Campos e Campinas num período de seis meses, e planejamos inaugurar outras unidades próprias em vários estados do país. O negócio é muito bom, por isso seremos os maiores investidores nessa nova fase”, explica Alexandre.
“Um modelo mais enxuto com foco em apenas uma modalidade proporciona ao empreendedor uma lucratividade muito maior do que o modelo anterior, podemos dizer que se ele vender 60 kits em um mês garante um faturamento de R$ 72 mil, cerca de 53 % a mais do que antes”, comemora Vinicius.