[radio_player id="1"]
Empreender

Empreendedor: confira dicas essenciais para iniciar seu negócio de forma assertiva e evitar dores de cabeça no futuro

7 Mins read
Especialista aborda os cuidados necessários e esclarece principais dúvidas para quem quer começar 2021 empreendendo

 

POR: PR Consulting Americas

O início da trajetória de um empreendedor não é fácil. São tantas etapas e variáveis para serem pensadas, que muitas vezes uma decisão mal formulada pode prejudicar ou dificultar alcançar o tão sonhado sucesso de seu negócio próprio. O Ministério da Economia apresentou no início de fevereiro de 2021, o Mapa de Empresas e o estudo revela que o Brasil registrou um recorde histórico no ano passado, encerrando o ano com quase 20 milhões de negócios ativos. Segundo os dados do Governo Federal, foram abertas 3.359.750 empresas no país e 1.044.696 foram fechadas em 2020.

Para ajudar empreendedores iniciantes a não se tornarem estatísticas negativas, e a começarem suas jornadas de forma segura, o especialista Roger Mitchell Madeira, CEO e cofundador da Learmachs, escritório contábil internacional, esclarece os principais pontos de atenção e dá dicas essenciais.

Segundo Roger Madeira, engana-se quem pensa que é preciso ter muito dinheiro para abrir uma empresa. “O dinheiro ajuda e pode até facilitar alguns processos, mas não é estritamente necessário para alcançar sucesso como empreendedor. Claro, há taxas de abertura da junta comercial e honorários a serem pagos a profissionais para a constituição da empresa, mas não são essas quantias os impeditivos para que um indivíduo possa empreender. É fundamental que a ideia e conceito do negócio estejam bem estruturados, em adição ao desejo de vencer e fazer acontecer do empreendedor. Esses são os valores que mais importam, são o capital mais importante da empresa e as maiores razões por separar aqueles que alcançam o topo, daqueles que param no meio do caminho”.

Uma dica inicial do especialista é preparar um bom plano de negócios, pois o brasileiro é reconhecidamente um dos povos mais empreendedores do mundo, mas raramente planeja sua nova ideia ou conceito empresarial. “É uma etapa fundamental e é preciso analisar e considerar certos pontos vitais:”

Marca: “É muito importante definir o nome, a logomarca, e a ideia-conceito que o empreendedor pretende transmitir ao mercado. É o Branding, amplamente estudado nas escolas de marketing e administração.”;
Produto ou Serviço: “Desenvolver o produto ou serviço que será fabricado ou prestado, e considerar em quais aspectos se diferenciam e são melhores que os da concorrência. É importante também considerar fatores como o ciclo de venda, e qual a longevidade e repetição desse ciclo, para que fique evidente o esforço de vendas necessário e o volume e a velocidade da aquisição de receitas.”;

Clientes: “Saber quem são os clientes potenciais ou os consumidores típicos, onde estão, os locais que frequentam, o sexo, a faixa etária, a renda média, o nível de educação, e o que estão vendo, ouvindo e fazendo (demografia e persona). Isso ajuda a identificar melhores estratégias e bons canais de vendas.”;

Preço: “Definir uma estratégia de precificação que comporte os custos operacionais (fabricação, estrutura, mão de obra, aquisição de matéria prima, custos dos fornecedores e tecnologia necessária), e a margem bruta, que, após uma rápida subtração, demonstre o potencial de lucro do novo negócio.”;

Equipe: “É importante determinar o tamanho da equipe inicial e o tamanho da equipe perfeita (para quando o negócio for crescendo), incluindo custos e estratégias de aquisição e retenção de talentos.” De acordo com Roger Madeira, ao contrário do que parece, os maiores desafios para o empreendedor não são a burocracia ou eventuais crises:

Ter experiência ou conhecimento na área: “É bastante comum no Brasil que um profissional passe anos ou até décadas trabalhando como funcionário em várias empresas de outras pessoas, mas que de repente, jogue tudo para o alto para se tornar empresário e começar seu próprio negócio. Apesar de raramente dar certo, alguns poucos conseguem acertar, e a razão é basicamente a mesma: possuem ampla experiência na área. Quem não tem experiência e deseja empreender em uma área nova, deve aumentar seu conhecimento sobre o setor, ganhar conhecimento e se preparar da melhor forma.”

Gerenciamento Financeiro: “Este é um dos aspectos mais negligenciados pelo brasileiro, que mistura o dinheiro da empresa com o seu próprio. Ainda há pessoas presas à conceitos do passado, como por exemplo, de que a única forma de fazer retiradas para a subsistência é através de pró-labore. O mundo das finanças evoluiu muito nos últimos anos, revolucionando a forma como as empresas se capitalizam, mas também como investem o dinheiro que possuem. Por isso, é fundamental que todo empreendedor aprenda primeiro a gerenciar o capital, além de entender melhor o tipo jurídico da empresa e o regime tributário ideal, para administrar com inteligência, o caixa da companhia”.

Estratégias de Venda: “Todo empreendedor com uma boa ideia, ou mesmo os jovens de hoje famintos por constituir uma startup antes de terminar a faculdade, precisam compreender profundamente o quão importante é desenvolver e aplicar várias estratégias de venda para a empresa decolar. Sem vendas não há receita, sem receita a empresa não tem lucro, e sem lucro a empresa não decola. Poucos empreendedores gostam de vender, mas esse é um desafio que todo empresário precisa enfrentar e vencer em alguma etapa do seu trajeto. Mais vendas e mais receitas, maior o crescimento da empresa”.

Outra dúvida muito comum que o especialista esclarece, é se para abrir uma empresa é necessário ter sócios: “Não é preciso ter sócios. A legislação brasileira vem sendo reformulada nos últimos anos e hoje nossas leis já permitem que um indivíduo possa ter uma empresa sozinho. É importante conversar com o escritório contábil de sua confiança para que, já na abertura da sua empresa, sejam analisadas todas as informações do seu perfil, e sua escolha seja a mais assertiva e segura possível”. Segundo ele, as possibilidades atuais são:

MEI: “Criada em 2008, o MEI é o tipo jurídico de empresa mais comum do país. Foi constituído com o objetivo de formalizar profissionais autônomos, ambulantes, micro empresários e vendedores, desde que não ultrapasse 81 mil reais de faturamento anual. Além disso, o MEI só pode tributar no Simples Nacional, não pode atuar em todas as atividades do mercado e pode contratar apenas um único funcionário.”;

EI: “Criada em 2008, a figura do Empresário Individual representa um tipo jurídico em que o empreendedor responde com seus bens por quaisquer dívidas que a empresa possa ter, de forma ilimitada, pois não há diferenças entre o patrimônio e capital da empresa e os do empresário. Ao mesmo tempo, o empresário individual pode contratar quantos funcionários quiser, pode atuar em grande parte das atividades empresariais e pode escolher qual regime tributário deseja, Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Além disso, a empresa usa o nome do empresário na razão social, por exemplo: “José da Silva Informática”. A empresa pode ultrapassar 81 mil reais anuais de faturamento, mas nessa hipótese o negócio perde seu enquadramento de EI e vira ME. Por último, profissionais liberais não podem ser EI, e o empresário não pode transferir nem vender a empresa, e muito menos receber investimento.”;

SLU: “Criada em 2019 por uma medida provisória presidencial, a Sociedade Limitada Unipessoal é a mesma sociedade limitada, sem a obrigatoriedade de se ter dois ou mais sócios. Na prática, possui as mesmas características da LTDA, se diferenciando apenas nesse critério, o de sócio único.”;

SS: “A Sociedade Simples foi reformulada pelo Código Civil em 2002, mas continua sendo a empresa em que o indivíduo é obrigatoriamente profissional liberal, ou exerce uma profissão científica, intelectual, artística, literária ou jornalística, como médicos, autores, professores, dentistas, pesquisadores, cientistas, escritores, desenhistas, arquitetos, paisagistas, artistas plásticos, e outros. Não precisa de contrato social para a sua formalização, mas seu objeto social é bastante limitado e não pode prestar serviços de outros tipos que não sejam oferecidos por profissionais científicos, intelectuais ou liberais.”;

EIRELI: “Criada em 2011, a figura do Empresário Individual de Responsabilidade Limitada tem a exigência de que o capital seja de 100 salários mínimos, ou um pouco mais de 100 mil reais. Numa EIRELI, o empresário não responde com seus bens para pagar as dívidas da empresa, apenas no limite do capital, e obedece a várias regras limitantes relativas a impostos, questões fiscais, sucessórias e blindatórias. O empresário só pode constituir uma única empresa desse tipo no país, e é obrigatório que o proprietário seja uma pessoa física (outra pessoa jurídica não pode ser dona da EIRELI).”;

SA: “Criada em 1976, a Sociedade Anônima permite que um indivíduo possa ser o único acionista (dono) da empresa, desde que seja de capital fechado e seu capital integralizado não ultrapasse 1 milhão. Permite ao empresário receber investimento, instituir Vesting, Stock Options, e emitir títulos de capitalização (debêntures) para captar investimento, em vez de contratos de mútuo com investidores, que é o caso dos outros tipos de empresas. É um dos melhores formatos para startups, na medida em que protege o capital, garante blindagem ao investidor e sua saída rápida e fácil, em caso de insucesso. É o tipo jurídico preferido dos investidores brasileiros, mas também está habilitada para receber investimento estrangeiro. Não tem limitações de contratação de funcionários, nem de faturamento, mas o regime tributário não pode ser o Simples Nacional.”

Segundo o CEO da Learmachs, buscar um escritório contábil bem estruturado, que esteja afinado com os objetivos da empresa, e seja um parceiro do negócio, é fundamental para se obter sucesso na jornada empreendedora. “O melhor e mais importante amigo de todo empreendedor é a sua contabilidade, que o ajuda a administrar suas empresas numa base diária e o auxilia a conquistar seus objetivos mais cedo. Um escritório de contabilidade especializado, devotado e inteiramente lastreado no sucesso do empresário pode fazer uma diferença enorme, pois realiza tarefas importantes, como a gestão financeira da companhia, e também atua como um consultor administrativo, responsável por guiar todo e cada empreendedor no caminho da autorrealização empresarial”, finaliza Roger Mitchell Madeira.

Related posts
EmpreenderInvestimentos

4 mulheres da área de finanças e investimentos para acompanhar em 2025

2 Mins read
Investidoras, economistas e empreendedoras são algumas das citadas De acordo com mapeamento feito em 2023 pela consultoria de recursos humanos Fesa Group,…
Empreender

Sebrae no Pará busca em Nova York expansão de mercado para produtos da floresta

3 Mins read
O Sebrae no Pará foi a Nova York para entender como micro e pequenos empreendedores da Amazônia podem conquistar e ampliar sua…
Empreender

Bebel Beylinch amplia seu império do prazer com nova loja, podcast a caminho e planos de expansão nacional

1 Mins read
A empreendedora Bebel Beylinch, CEO da Lua Cheia Sexy Hot Oficial, não para! Após o sucesso de sua loja na icônica Rua…
Fique por dentro das novidades

[wpforms id="39603"]

Se inscrevendo em nossa newsletter você ganha benefícios surpreendentes.