Camila Guerra desenvolveu o American Burger, que hoje tem 21 unidades abertas no Sudeste e está em processo de expansão pelo Brasil
POR: mgapress
Nos dias de hoje, a pandemia mudou diversos setores da economia e transformou os métodos de atendimento ao público. Um dos principais serviços impactados, por exemplo, foi o segmento alimentício, que por conta da proibição de restaurantes e bares serem abertos fez com que o delivery se tornasse a principal alternativa para manter esses estabelecimentos e o setor de forma geral em funcionamento.
De acordo com o Delivery Blog, que faz um levantamento de informações do setor, o número de usuários novos antes da paralisação cresceu 1%, porém, em um mês e meio de quarentena, o número de novos usuários chegou a 155%, se tornando a principal ferramenta de atendimento às pessoas. Outro dado que ajuda a compreender melhor é o estudo da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, segundo os dados, o gasto com os principais aplicativos de delivery subiu 149% em 2020, movimentando mais de R﹩2,1 milhões nesse período.
No entanto, o serviço de entregas de alimentos mudou a vida de uma empreendedora ainda em 2015, já investindo forte antes mesmo do aumento da demanda explodir no ano passado. Depois de várias tentativas em criar seu próprio negócio, Camila Guerra, empresária de 31 anos, conseguiu ingressar neste mercado ao fundar a sua rede de fast-food, a American Burger, que hoje, fatura R﹩28 milhões em sua atuação no sudeste.
Essa mudança só foi possível por conta de sua persistência e uma novidade em sua vida: a gravidez. Com essa realidade se aproximando cada vez mais, Camila então pensou em formas de trabalhar em casa para gerar renda e poder passar mais tempo com a filha que estava a chegar, e então resolveu abrir o seu empreendimento na própria cozinha de casa, com R﹩800 de investimento inicial e criando as suas próprias receitas de hambúrguer, montando um cardápio com 12 opções e fazendo as entregas com o seu carro por conta própria.
“Sempre tive o intuito de criar o meu negócio, como lava-jato, loja de aluguel de consignados, vendendo brigadeiros, isso sempre fez parte do meu objetivo. Quando engravidei, isso se tornou não só um objetivo, mas sim uma oportunidade de criar uma nova realidade para a minha família e montar um negócio de sucesso”, conta.
Depois de três meses fazendo todos os processos, desde a montagem e até mesmo a entrega dos pedidos, Camila deu um passo importante e cadastrou a sua rede no iFood, que impulsionou as vendas e fez com que pudesse também criar empregos, ao contratar motoboys para atender toda a área de Contagem-MG, cidade à 16 km da capital Belo Horizonte. Depois deste início promissor, nos dois anos seguintes a empresária expandiu o seu atendimento para a capital e a marca ganhou força, sendo vista como uma das principais no ramo de hamburguerias fast-food na região.
Hoje, seis anos depois de sua primeira venda de hambúrguer feito na sua cozinha, a American Burger cresceu, ocupando as principais cidades do sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, no Espírito Santo, com 21 unidades. O grupo fechou o ano de 2020 com o faturamento de R﹩28 milhões, um crescimento de 135% em relação a 2019.
O ano de 2021 também vem apresentando um excelente crescimento, apenas nos seis primeiros meses a rede já atingiu a marca de R﹩23 milhões. Para o segundo semestre a expectativa é abrir mais 20 unidades e fechar o ano com faturamento de R﹩65 milhões. Segundo Camila, a intenção da empresa é buscar um fundo de private equity para conseguir acelerar ainda mais a expansão da rede, que tem a meta de atingir o número de 100 lojas até o início de 2023.
“Nosso trabalho é seguir crescendo, são seis anos de trabalho desenvolvido e que ainda pode alcançar mais pessoas e em várias regiões do Brasil. Estamos com a expectativa de levar nosso produto para outras localidades e fazer a American Burger ainda maior, tanto no nosso país, quanto também levar a marca ao exterior”, completa.