POR: Agência Deadline
O número de desempregados no país assusta cada vez mais: segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a falta de trabalho atingiu mais de 12 milhões de pessoas em 2021. O mais grave é que o rendimento médio da população ocupada também foi reduzido. Então, o que alguém pode fazer para driblar essa situação e sair do vermelho?
Uma boa alternativa é apostar no empreendedorismo. Se a pessoa tiver ao menos um dinheiro guardado, dá para investir em um negócio como franquias ou microfranquias que, ainda despontam como uma das melhores opções. Só para se ter uma ideia, segundo balanço anual da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento do segmento foi de R$ 185 bilhões, um crescimento de 10,7% frente a 2020. Para 2022, a entidade projeta um crescimento de 9% do faturamento, 2% das redes e 5% no número de empregos gerados pelo setor.
Mas, o que alavanca números como esses? Uma das principais razões é a dificuldade que o brasileiro vem encontrando em se realocar no mercado de trabalho. Já que mesmo com algumas ofertas aparecendo, os salários têm diminuído e as pessoas não parecem estar muito dispostas a trabalhar mais recebendo menos. E não é para menos, pois a inflação continua alta, o que é sentido no dia a dia em supermercados, serviços, entre outros.
“A economia tem ciclos bons e ruins, porém, com a pandemia estamos em um momento crítico com baixa oferta de empregos. Enquanto isso não ocorre, muitos recorrem ao mercado de franquias para empreender como complemento de renda ou até mesmo para se manterem economicamente ativos, tendo em vista que não conseguem encontrar oportunidades com salários compatíveis com o emprego anterior” afirma Priscila Guskuma, especialista em estratégia de negócios.
Motivos não faltam para empreender
Hoje no Brasil existem dois tipos de empreendedores: os por necessidade e os por oportunidade. Qual a diferença entre eles? O empreendedor por necessidade é aquele que não encontra alternativas naquele momento para sobrevivência e busca com urgência um retorno financeiro. Neste perfil, o que se vê são pessoas que começam qualquer tipo de negócio, de forma rápida, e trabalham no que acreditam que possa render frutos. Segundo último levantamento da Global Entrepreneurship Monitor esses empreendedores tiveram um salto de 37,5% para 50,4% durante a pandemia e cuja motivação é buscar uma renda.
Já os empreendedores por oportunidade vão além, se preparam mais, estudam o mercado e tem um pouco mais de tempo para entenderem as necessidades do consumidor e apostar em um negócio que realmente esteja com forte demanda — e é aí que as chances de o empreendimento podem dar mais certo.
Setor de serviço surge como alternativa
Segundo levantamento mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o setor de serviços fechou 2021 com avanço de 10,9%, desta forma, superando algumas perdas de 2020. O avanço da vacinação e as medidas mais brandas de restrição impulsionaram essa melhora.
No meio de tantas alternativas muitos acabam a recorrendo a opções de baixo investimento, que não exigem a contratação de funcionários e que podem ser operadas sem a necessidade de uma estrutura física como a Mania de Passar, microfranquia pioneira na atividade passadoria de roupa. A rede trabalha de forma moderna com o serviço de “leva e traz”, e é aberto a todos os tipos de empreendedoras, com perfis dinâmicos, diferentes, mas que ao final se unem em um único objetivo: ter seu próprio negócio.
“Por conta do baixo investimento e fácil operação muitos de nossos franqueados são pessoas que estavam com dificuldades em se realocar em sua profissão de origem como farmacêuticas, advogadas e consultoras, por exemplo, e resolveram iniciar o próprio negócio para retomar ao mercado. Além disso, vale destacar que muitos vão por esse caminho já que no mercado de trabalho existem muitos profissionais infelizes ou insatisfeitos com a carreira, seus superiores ou algum outro elemento”, comenta Maury Oliveira, responsável pela franquia.