O Labs Paschoalotto é uma iniciativa para buscar apoio em agentes externos na criação e desenvolvimento de soluções que ajudem nos desafios da empresa
POR: conectnews
Implementar novas tecnologias em uma empresa é sinônimo de melhorar processos e atingir resultados. Esta é a visão da Paschoalotto, empresa especialista na gestão do relacionamento de ponta a ponta, em todos os segmentos e canais (omnichannel). A empresa criou o Labs, um laboratório de inovação que tem como objetivo criar e desenvolver novas soluções que sanem as dores da companhia por meio do apoio de agentes externos, como startups, universidades, sociedade e governo.
A Paschoalotto é líder em recuperação de crédito no país e possui aproximadamente 16% de fatia desse mercado. No entanto, para chegar até aqui, foi preciso perceber que havia questões que precisavam ser resolvidas dentro de casa. Por isso, montou uma equipe focada em inovação que pudesse olhar para os desafios internos.
“Percebemos que não podíamos ser uma aceleradora de soluções de qualquer segmento, já que existiam dores dentro do nosso próprio negócio que mereciam atenção especial. Foi assim que fizemos do Labs a nossa frente de inovação corporativa, em que iríamos atrás de tecnologias e soluções que pudessem nos ajudar”, explica Eric Garmes, co-founder da Paschoalotto.
Dessa forma, só em 2021 foram 34 Iniciativas concluídas de relacionamento com o ecossistema através de webinars, palestras, mentorias, acelerações e participações em eventos. Além disso, foram mais de 10 mil pessoas alcançadas, 14 Bootcamps, 11 Aceleraçõe, Incluindo projetos internos com ou sem startups, 176 Iniciativas de Inovação mapeadas via Lei do Bem, 8 startups via inovação aberta para apoiar na construção de soluções e 2 Hackathons Parceiria.
“Ainda, no início de 2022 colocamos 54 iniciativas em andamento e começamos a capacitar talentos para promover boas práticas e condutas para inovação. Além disso, faremos constantemente a criação conjunta com cada executivo de cada área da empresa um repositório com todas as dores e oportunidades internas”, comenta Garmes.
Como funciona a aceleração de iniciativas de inovação
Até chegar à implantação do projeto, existem algumas etapas primordiais dentro do Labs. Primeiro, acontece um bootcamp, onde é feito o entendimento e validação dos desafios por meio da abordagem Design Thinking. Em seguida, é realizada a busca por soluções prontas através de referências de mercado e por startups.
O próximo passo é o kick-off do Projeto, onde são feitas reuniões para apresentar o objetivo, problema, possível solução, formato de trabalho e equipe. A criação do projeto vem logo na sequência com detalhes de escopo, levantamento de demandas e criação de cronograma. Por fim, a entrega do projeto acompanhada pelo Labs.
Projetos
Dentre os projetos lançados no Labs, estão o Luna Jurídico Tutela, um robô que otimiza o tempo de busca por jurisprudências e leituras de processos por advogados. O objetivo é facilitar o dia a dia desses profissionais. Outra iniciativa foi o Caronas Corps, realizado junto com o Waze para criar uma plataforma colaborativa para que os CIs tenham alternativa de transporte.
Uma solução interessante também foi o “Vendeu Fácil” com a “Já Vendeu”. A ideia é ajudar uma pessoa a vender um móvel ou um produto para gerar renda e pagar dívidas.
Ainda, nos próximos meses, será colocada em prática a inserção da Paschoalotto no Metaverso. A ideia é começar com uma reunião realizada totalmente dentro do mundo virtual.
Próximos desafios
De acordo com Garmes, antes de buscar qualquer solução a equipe faz uma análise do que precisa sanar no curto, médio e longo prazo. Por isso, eles apostam em direcionadores. Até 2025, por exemplo, a ideia é participar do movimento de transformação da empresa oferecendo caminhos e direções, educar e reciclar continuamente os CIs sobre culturas de inovação, ágil e data driven, garantir a materialização de inovações, ter um roadmap para o futuro (ser assertivo em acelerar os resultados do futuro no presente) e ser uma referência em inovação corporativa no âmbito nacional.
Os desafios daqui para frente, principalmente na parte institucional, são trazer boas práticas, além de pontos de atenção, quanto a transição de uma arquitetura monolítica para microsserviços. Impactos no negócio na prática e não só em tecnologia; uma solução que ajude no funcionamento de uma gestão com base em dados, desde a coleta, armazenamento, até possíveis aplicações oriundas de uma boa base de dados, principalmente sua monetização, sem contar a cultura data-driven; extrapolar a agilidade para frentes e times de não tecnologia e produto. Realizar a transformação digital no âmbito geral do negócio respeitando o papel de cada nível hierárquico e como cada indivíduo colabora e complementa-se.
Além disso, a Paschoalotto também busca oportunidades para levar uma experiência cada vez mais assertiva frente às necessidades reais dos consumidores – pessoa física – dentro do contexto de crédito, consumo e dívidas.
“Buscamos apoio no desenvolvimento de soluções para várias frentes. O nosso propósito é que elas sejam aderentes, competitivas, inovadoras e sempre centradas no cliente”, finaliza Garmes.