A atualização da NR-1 exige que líderes e empresários adotem medidas para prevenir estresse, ansiedade e esgotamento no ambiente de trabalho.
Em 2024, mais de 3,5 milhões de trabalhadores solicitaram licença ao INSS por diferentes problemas de saúde. Desses, 472 mil afastamentos foram concedidos devido a transtornos psicológicos, um aumento expressivo de 68% em relação ao ano anterior, quando 283 mil benefícios foram concedidos por esse motivo. Esse crescimento marca um recorde na série histórica dos últimos 10 anos e evidencia um problema que não pode mais ser ignorado pelas empresas.
Além do impacto humano, os afastamentos por transtornos mentais também representam um custo financeiro significativo. Em média, cada trabalhador afastado por problemas psicológicos passou três meses longe do trabalho, recebendo cerca de R$ 1,9 mil por mês. Somados, esses valores podem ter gerado um impacto de quase R$ 3 bilhões para o sistema previdenciário em 2024.
A partir de maio de 2025, a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) exigirá que todas as empresas passem a incluir a avaliação e o gerenciamento de riscos psicossociais como parte de suas medidas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Estresse, assédio moral, carga excessiva de trabalho e a falta de suporte adequado estão entre os fatores que passarão a ser monitorados e poderão gerar sanções para as organizações que não se adequarem.
Para Gustavo Rocha, mentor de líderes e especialista em gestão de pessoas, essa mudança representa um divisor de águas na forma como empresas lidam com a saúde mental de seus colaboradores. Segundo ele, essa nova exigência não pode mais ser vista como um diferencial competitivo, mas sim como uma necessidade urgente. Empresas que negligenciarem o bem-estar psicológico de seus funcionários não só correm o risco de sofrer penalizações, como também de perder talentos para organizações que adotam uma cultura de trabalho mais saudável.
A nova regulamentação não exige que as empresas contratem psicólogos de forma fixa, mas determina que medidas concretas sejam implementadas para identificar e minimizar riscos psicossociais. Entre as ações recomendadas estão a reorganização da carga de trabalho, a criação de canais de apoio emocional e de denúncia para situações de assédio e conflitos, o treinamento de líderes para uma gestão mais empática e o monitoramento contínuo do bem-estar dos colaboradores, com reavaliações constantes das práticas adotadas.
Segundo Gustavo Rocha, os líderes desempenham um papel essencial nesse processo. “São os líderes que garantem que as metas sejam desafiadoras, mas alcançáveis, e que o suporte emocional e profissional seja real, não apenas um discurso institucional”, destaca. Para ele, empresas que investirem em uma liderança mais humana e equilibrada terão menos rotatividade, maior engajamento e, consequentemente, melhores resultados financeiros.
Sobre Gustavo Rocha
Com mais de 17 anos de experiência formando e desenvolvendo líderes e equipes, Gustavo Rocha criou o método EPIC, que se baseia nos pilares de Estratégia, Posicionamento, Intencionalidade e Comportamento. Sua abordagem já impactou mais de 500 profissionais, aumentando a produtividade e o engajamento dentro das empresas. Ele já atuou com diversos setores, como varejo, financeiro, educacional, indústria e terceiro setor, ajudando organizações a transformar a performance de seus times e alcançar resultados concretos.
Considerado um dos mais jovens comandantes de plataforma do mundo, Gustavo se destaca por sua visão inovadora sobre liderança e gestão de equipes. Sua missão é preparar líderes para os desafios do futuro, tornando-os agentes de transformação dentro das empresas.