POR: Helmuth Hofstatter
Nas últimas semanas, todos os players que utilizam o dólar em suas negociações, identificaram um aumento significativo no preço da moeda comparada ao real. Com o objetivo de conter a desvalorização da moeda brasileira, o Banco Central do Brasil (BACEN) realizou uma operação, chamada de Swap Cambial, que é uma técnica utilizada para valorizar o real.
É oferecido um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.
Mesmo assim, a moeda não se estabilizou e voltou a subir na semana seguinte. Assim que o primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado no Brasil, o dólar comercial disparou mais uma vez frente ao real, chegando a um patamar histórico, onde US$1,00 equivale a R$4,50. Novamente o BACEN ofereceu contratos de venda de dólares para tentar valorizar o real.
No início de 2020, economistas e o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmaram que haveria uma desaceleração econômica mundial. Após o surto de coronavírus, essa situação se intensificou, e gerou não só a valorização do dólar, mas também a queda da bolsa de valores e a redução da perspectiva do PIB brasileiro. O ouro atingiu a maior cotação em sete anos e o preço do petróleo caiu consideravelmente.
Mas o que o dólar alto representa para importação, exportação e mercado nacional?
Em 2019, houve uma queda na balança comercial brasileira e também na entrada de investimentos externos no país, ou seja, antes do primeiro caso de COVID-19, o real já estava desvalorizado. Isso possui impactos para os setores de importação, exportação e mercado nacional.
Uma vez que a economia melhora, os consumidores brasileiros passam a adquirir produtos importados, isso gera queda na balança comercial, mas por outro lado, devolve a confiança e traz investimentos para o Brasil.
Muito se fala que o dólar alto é bom para o exportador e ruim para o importador. Porém, a moeda americana alta não é sinônimo de lucratividade, pois outros valores devem ser analisados como, investimento na produção e a fidelidade de compra de demais países.
O maior problema, da desvalorização do real, é a inflação que pode ocorrer para os consumidores brasileiros. Hoje muitas fábricas precisam importar insumos para concluir sua produção, muitos empresários já afirmaram que os valores serão repassados ao consumidor final.
O dólar continuará instável esse ano, portanto é importante que o importador e exportador se preparem e criem estratégias para continuar competitivo no mercado.
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Sobre Helmuth Hofstatter
Empreendedor apaixonado por tecnologia e inovação, possui mais de 12 anos de experiência no segmento de logística internacional, fundador da LogComex, startup de big data, inteligência e automação para logística internacional. É especialista em gestão de produtos e nas mais diversas soluções voltadas ao universo do comércio exterior.