A cola cirúrgica usada por médicos há quase uma década é bastante usada em pequenos cortes como uma alternativa aos pontos, pois além de ser indolor, não é necessário a utilização das temidas agulhas.
Essa cola cirúrgica para pele é feita com a mesma substância base da super cola, como conhecemos comercialmente, Super Bonder.
Apesar de ser um procedimento simples e prático a cola não é indicada para todos os casos. Quando há uma forte tensão, como nos casos de perda de tecido, e as duas bordas da ferida não se unem facilmente, a melhor opção ainda pode ser o tradicional ponto com linha. Do contrário, há uma chance importante da ferida voltar a abrir.
Recentemente Paulo César Costa Vacek, de 04 anos, filho do Superintendente de Jornalismo da RedeTV!, Franz Vacek, quase teve a visão de um olho comprometida após erro médico com cola cirúrgica.
Segundo Vacek, seu filho teria sofrido uma queda em casa ao pular de uma cadeira para outra para ver o irmãozinho que estava no berço e se desequilibrou, bateu o supercílio que começou a sangrar. Em seguida ele levou o filho ao Hospital Samaritano em São Paulo para tratamento.
De acordo com publicação feita por ele nas redes sociais, optou pela cola cirúrgica por ser uma forma mais simples e indolor, conforme explicado pelo pediatra, porém, ao fazer o procedimento o médico de plantão que os atendeu derramou uma grande quantidade de cola no olho da criança.
Ainda de acordo com o pai, um enfermeiro num ato impensado passou um pano para tirar o excesso da cola em cima dos cílios e pálpebras o que ajudou a espalhar ainda mais colando totalmente o olho esquerdo do garoto.
“Perguntei ao médico se a cola saía, sendo respondido com rispidez: ‘Ué, você acha que ficará grudado para sempre? Super bonder demora, mas sai.’ Em seguida, o mesmo médico tentou forçar a abertura do olho colado com os dedos e começou a ‘rasgar’ as pálpebras da criança”, escreveu o jornalista em seu perfil na Rede Social.
Franz relatou ainda que outro médico apareceu no local e constatou que a situação era grave.
“Horas depois fui com ele já acordado para o centro cirúrgico. Ao perceber que seria operado meu filho desesperou-se novamente. Ao gritar e chorar o olho abriu-se um pouco provocando intenso sofrimento com a dilaceração das pálpebras e cílios colados. Pediram para me despedir do meu filho e eu caí em lágrimas passando um dos piores momentos da minha vida.”
O Hospital Samaritano onde tudo aconteceu afirmou em nota que está apurando todos os protocolos, assim como os procedimentos praticados durante o atendimento:
“A instituição reitera o seu compromisso com o aprimoramento contínuo de seus serviços, colocando-se à disposição para mais esclarecimentos.”
*Por Jairo Rodrigues